Integrando a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, o MM Gerdau promove o 8º Encontro de Colecionadores, reunindo crianças, jovens e adultos interessados em conhecer e compartilhar o gosto pelo colecionismo. O evento ainda conta com o lançamento do livro “Coleções Minerais do Brasil”, seguido de um bate-papo com os autores.
Realizado anualmente desde 2014, o Encontro de Colecionadores de Minerais reúne pessoas interessadas em compartilhar seus acervos, trocar informações, amostras, e conhecimentos, bem como contribuir para disseminar conhecimentos acerca das nossas riquezas minerais. Marcado para este sábado(30/10), das 13h às 17h30, na Praça de Convivência do MM Gerdau, o encontro faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e inclui, às 15h, o evento de lançamento do livro “Coleções Minerais do Brasil”, com a participação dos autores Carlos Cornejo e Andrea Bartorelli, que juntos, farão um bate-papo com o público.
Criado em 2014, o evento surgiu quando a gestora do MM Gerdau, Márcia Guimarães, percebeu que, embora Belo Horizonte tenha um público considerável de colecionadores de minerais, ainda não havia nenhum evento voltado para este segmento. “Pesquisei e descobri que, apesar de sermos capital de um Estado chamado Minas Gerais, Belo Horizonte não havia sediado nenhum evento que reunisse essas pessoas e promovesse a troca de conhecimento e informações sobre o assunto”, conta. A partir dessa percepção e da preocupação em criar espaços que permitissem este diálogo e contribuísse para disseminar a cultura do colecionismo é que surge o Encontro.
E a ação tem dado resultado. A cada ano, a equipe do Museu percebe um aumento no público interessado no assunto. Os responsáveis pela Loja Bem Mineiro, localizada nas dependências do MM Gerdau, observaram, também, um movimento crescente de crianças, jovens e adultos em busca de minerais. Para este ano, a loja preparou uma seleção especial com uma grande variedade de minerais do Brasil e do exterior, além de livros sobre o assunto. “O diferencial da Bem Mineiro é que na loja, o público pode tocar os minerais, sentir eles nas mãos e explorar as texturas e propriedades de cada um deles. A Selenita por exemplo, possui um efeito tridimensional quando colocada sobre o papel ou algumas superfícies. O resultado é surpreendente e encanta!”, destaca Lili Ito, fundadora da loja.
A geóloga Andrea Ferreira, responsável pela curadoria de geociência do MM Gerdau explica que a presença de crianças em busca de minerais é cada vez maior. “Por conta do atendimento diferenciado, esclarecendo dúvidas e compartilhando informações importantes sobre o universo dos minerais, muitas crianças e jovens iniciaram suas primeiras coleções. Foi observando esse movimento que tivemos a ideia de juntá-los aos colecionadores adultos, formando um grande encontro anual, que é muito aguardado por eles”, finaliza.
O jovem Vitor de Carvalho Maia, hoje com 15 anos, é hoje um dos maiores articuladores no assunto. Durante as aulas de Química, sua disciplina preferida, ele aprendeu sobre os elementos da Tabela Periódica e suas combinações e começou a pesquisar sobre a formação dos minerais. Se encantou pelo assunto e começou a coletar algumas amostras de forma despretensiosa em viagens e passeios. Essa coleção foi crescendo e ele criou um clube mirim de colecionadores, contribuindo para despertar o interesse pelo assunto em outros jovens e crianças. “É muito importante incentivar. A mineralogia ainda possui um público muito restrito, apesar de estarmos numa das regiões mais ricas do mundo na concentração de minerais e precisamos valorizar isso. Nesse sentido, esses encontros que possibilitam a participação tanto de crianças quanto adultos são muito enriquecedores”, conclui o jovem.
Além da troca de experiência entre os expositores, o encontro é também uma oportunidade para os amantes de pedras conhecerem mais sobre o assunto. “Para algumas pessoas, e não só gente ligada a essa área, como geólogos e engenheiros de minas, os minerais despertam uma verdadeira paixão. Gente que desde a infância têm o hábito de catar uma pedra aqui e acolá e sentem verdadeiro fascínio pela beleza dos minerais podem vir conhecer o material dos expositores e expandir os horizontes com as rodas de conversas e oficinas”, explica Márcia Guimarães.
Todos os eventos presenciais seguem todos os protocolos de segurança do MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal, tais como limite de capacidade de pessoas por ambiente, distanciamento entre os presentes, uso de máscaras cobrindo nariz e boca, e uso de álcool para higienização das mãos.
AÇÕES CULTURAIS
Todas as atividades culturais e educativas do MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal são gratuitas. A programação completa está disponível no site www.mmgerdau.org e diversas atividades, assim como outros conteúdos educativos, estão disponíveis gratuitamente no canal do Youtube Oficial (https://www.youtube.com/watch?v=Qv9wh8j6hqM).
:: SOBRE O MM GERDAU O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal ::
|@mmgerdau |
O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) e que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. É um museu de ciência e tecnologia que apresenta de forma lúdica e interativa a história da mineração e da metalurgia. Em 20 áreas expositivas, estão 44 exposições que apresentam, por meio de personagens históricos e fictícios, os minérios, os minerais e a diversidade do universo da Geociências.
O Prédio Rosa da Praça da Liberdade, sede do Museu, foi inaugurado em 1897, juntamente com Belo Horizonte. Tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA), o edifício passou por meticuloso trabalho de restauro, que constatou que a decoração interna seguiu o gosto afrancesado da época, com vocabulário neoclássico e art nouveau. O projeto arquitetônico para a nova finalidade do Prédio Rosa, que já foi Secretaria do Interior e da Educação, foi feito por Paulo Mendes da Rocha e a expografia, que usa a tecnologia como aliada da memória e da experiência, é de Marcello Dantas.
O MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal é patrocinado pela Gerdau, via lei Federal de Incentivo à Cultura, com o apoio da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM).
PROGRAMAÇÃO e INFORMAÇÕES COMPLETAS: www.mmgerdau.org.br
Programação MM Gerdau Outubro 2021
30/10 – sábado – 8º Encontro de Colecionadores de Minerais (adulto e mirim)
Horário: de 13h às 17h30 – presencial, na Praça de Convivência do MM Gerdau
O Museu receberá 18 colecionadores, entre adultos e crianças, que foram convidados a expor peças de sua coleção, tirar dúvidas do público e conversar com os interessados a iniciar uma coleção de minerais. O encontro é uma oportunidade de troca e venda de minerais para colecionadores e interessados em adquirir um exemplar.
30/10 – sábado – Lançamento do livro “Coleções Minerais do Brasil”, com a participação dos autores Carlos Cornejo e Andrea Bartorelli
Horário: 15h
Integrando a programação do 8º Encontro de Colecionadores de Minerais, o MM Gerdau recebe os autores Carlos Cornejo e Andrea Bartorelli para o lançamento oficial da publicação e bate-papo com o público.
Sobre os autores: Carlos Jesús Cornejo Chacón nasceu em Santiago do Chile em 29 de dezembro de 1961. Formou-se jornalista pela Universidade Católica do Chile, em 1984, e atuou como radialista e autor de reportagens. Em 1986, passou a residir em São Paulo. Trabalhou como repórter, fotógrafo, editor e produtor gráfico durante vários anos, colaborando com matérias e reportagens fotográficas para diversas publicações, tais como o jornal Folha de S.Paulo e as revistas Horizonte Geográfico e Eco Turismo. Realizou diversas exposições fotográficas, entre elas Cristais: Flores do Reino Mineral, Brasil: Jardim Mineral, Expedição Atacama: Viagem ao Deserto Mais Seco do Mundo, Ilha de Páscoa: a Terra dos Gigantes de Pedra e Ilhas dos Mares do Sul. Colecionador de minerais, conta com um acervo de mais de mil amostras, além de uma biblioteca especializada em mineralogia. Foi fundador e editor do Jornal das Pedras entre 1995 e 1998, publicando diversas matérias sobre mineralogia, gemologia, paleontologia e espeleologia. É membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.
Andrea Bartorelli nasceu em São Paulo em 1941. Graduou-se em Geologia em 1965 e foi assistente do professor Viktor Leinz no Departamento de Geologia e Paleontologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo. Em 1969, obteve o mestrado em Geologia pela USP com a dissertação Reconhecimento Geológico da Parte Setentrional da Cordilheira Huallanca, Peru. A partir de 1970, passou a atuar como geólogo em empresas de projetos de engenharia, mineração e consultoria ambiental. Em 1997, defendeu tese de doutoramento na Universidade Estadual de São Paulo, intitulada As Principais Cachoeiras da Bacia do Paraná e sua Relação com Alinhamentos Tectônicos. Em 2006, criou o Museu de Minerais de Parati, Rio de Janeiro. Exposições: Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, MASP: Amazônia: Tapeçarias de Andrea Bartorelli, 1979; Minerais, Minérios e Gemas Brasileiras, 1984 (Associação Brasileira de Gemologia e Mineralogia / Departamento Nacional da Produção Mineral), e O Brasil dos Viajantes, 1994, onde atuou como colaborador científico de geociências. Museu de Geociências da USP: Reino Mineral: 1ª Exposição Coletiva (1996) e Águas-Marinhas Brasileiras (1997). Livros: A História da Mineração no Brasil. Consultor Técnico. Atlas Copco, 1989. Geologia do Continente Sul-Americano: Evolução da Obra de Fernando Flávio Marques de Almeida. Co-organizador e autor do capítulo VI. Petrobras / BECA. 2004. Sua coleção mineralógica consiste em cerca de mil amostras, na sua grande maioria de procedência brasileira.