Max e Kafka se conheceram quando cursaram Direito, e o primeiro não demoraria a reconhecer o valor literário dos escritos do amigo. A recomendação de destruir tudo deve ter sido uma verdadeira (e crucial) escolha para Brod, que optou por não realizar o pedido do amigo. Tal decisão possibilitou às gerações seguintes conhecer obras-primas da literatura como “O processo” e “Na colônia penal”. Essa última obra, ainda que sob o verniz da ficção, é o testemunho de um ambiente que o escritor conheceu bem.
Tanto que a peça faz, através de sua dramaturgia, esse recorte na vida de ambos. O encontro entre eles dá-se dias antes de Kafka ser internado num sanatório na Áustria. E isso permite a ambos fazerem uma série de reflexões acerca da vida, da vocação literária – que Kafka chegaria a chamar de “seu chamado”—e, claro, do elo que os unia: a amizade.
E a narrativa é entremeada de referências e de citações aos escritos de Kafka, sejam eles sua ficção ou as muitas cartas trocadas por ele com variados interlocutores. Outros elementos são usados para ilustrar a riqueza psicológica desse escritor. O bailarino Thiago Pach personifica, num segundo plano, alguns dos personagens e pensamentos do escritor. Já a trilha original, criada por Guga Stroeter e Matias Capovilla, é executada ao vivo por Ricardo Pesce, que se divide entre o piano e o acordeom.
Do século XX aos dias atuais, Franz Kafka inspirou, através de sua obra, muitos indivíduos a fazerem da escrita um meio de expressão. Homens e mulheres no mundo todo. Podemos citar como exemplos nomes como o franco-argelino Albert Camus, o francês Jean-Paul Sartre, além do português José Saramago e dos latino-americanos Vargas Llosa e Gabriel Garcia Márquez – tendo este sido agraciado com o Nobel de Literatura. No Brasil, podemos citar Clarice Lispector e, mais recentemente, João Ubaldo Ribeiro e Ruben Fonseca.
Mas foi Max Brod o primeiro – ou um dos primeiros, melhor dizendo – a reconhecer no amigo sua vocação para criar histórias geniais. E essa relação foi construída não só tendo por pilar o gosto pela literatura. Foi fundamentada também por valores como lealdade e generosidade. Valores dos quais muitos andam distantes nesses tempos de cizânia e intolerância.
Que o teatro então os resgate!
PRÊMIOS E INDICAÇÕES
– Prêmio Nacional Cenym (ATEB – ACADEMIA DE ARTES NO TEATRO DO BRASIL) / melhor ator (Maurício Machado) – 2019
– 10 Indicações Prêmio Nacional Cenym (ATEB – ACADEMIA DE ARTES NO TEATRO DO BRASIL) – 2019
– Prêmio de “Reconhecimento Popular” RJ – Melhor dupla de atores em cena/ Figurino e Maquiagem – 2019
– Indicação do Prêmio Bibi Ferreira – 2019 (melhor cenário)
– Indicado ao prêmio Shell de Teatro – 2018 (melhor figurino)
– Indicado ao prêmio Aplauso Brasil – 2018 (melhor espetáculo/ 2018)
Serviço:
Um Beijo em Franz Kafka
Texto: Sérgio Roveri
Direção: Eduardo Figueiredo
Elenco: Anderson Di Rizzi e Maurício Machado
Temporada: de 06 a 09 de outubro – de quinta a domingo
Quinta/sexta/sábado às 21h | Domingo às 20h
Duração: 70 minutos
Classificação: 12 anos
INGRESSOS POPULARES
QUINTA – FEIRA
Plateia Premium: R$ 60,00
Plateia Vip: R$ 50,00
Mezanino: R$ 40,00
Mezanino Visão Parcial: R$ 30,00
SEXTA E SÁBADO
Plateia Premium: R$ 80,00
Plateia Vip: R$ 70,00
Mezanino: R$ 60,00
Mezanino Visão Parcial: R$ 50,00
DOMINGO
Plateia Premium: R$ 70,00
Plateia Vip: R$ 60,00
Mezanino: R$ 50,00
Mezanino Visão Parcial: R$ 40,00
Ingressos online: https://www.eventim.com.br/artist/um-beijo-em-franz-kafka/?affiliate=JSA
Bilheteria
Quartas e quintas – 14 às 21h
Sextas, Sábados e Domingos – 14h até o horário dos espetáculos
Aceita os cartões de débito e crédito: Amex, Dinners, Elo, Mastercard, Visa e Hipercard. Não aceita cheques.
Telefone da bilheteria: (11) 3611-3042 | 3611-2561
TEATRO J. SAFRA
Endereço: Rua Josef Kryss, 318 – Barra Funda – São Paulo – SP – Telefone: (11) 3611-3042 | 3611-2561
Abertura da casa: 2 horas antes de cada horário de espetáculo, com serviço de lounge-bar no saguão do Teatro.
Capacidade da casa: 627 lugares
Acessibilidade para deficiente físico
Estacionamento: Valet Service (Estacionamento próprio do Teatro) – R$ 30
Ficha Técnica
Texto: Sérgio Roveri
Direção: Eduardo Figueiredo
Elenco: Anderson Di Rizzi e Maurício Machado
Músico: Ricardo Pesce
Bailarino: Thiago Pach
Direção Musical e Trilha Original: Guga Stroeter e Matias Capovilla
Preparação corporal e movimento cênico: Roberto Alencar e Renata Aspesi
Cenário e figurinos: Kleber Montanheiro
Visagismo/maquiagem: Armando Filho
Boneco e máscaras: Anie Welter
Desenho de Luz: Paulo Denizot
Fotografia: Priscila Prade
Programação Visual: Vitor Vieira
Assistente de Direção: Alex Bartelli
Estagiária de Direção: Mariana Amâncio de Sousa
Produção Executiva: Paulo Travassos
Assistente de Produção Executiva: Vinícius Marques
Administração: Paulo Paixão
Financeiro: Thaiss Vasconcellos
Leis de Incentivo: Renata Vieira
Consultoria Teórica: Prof. Sênior Pós-Doutora Celeste H. M. Ribeiro de Sousa
– Programa de Pós-Graduação em Língua Alemã – USP
Realização e produção: manhas & manias projetos culturais
Produção Local Belo Horizonte: Little John Entretenimento