No dia 16 de janeiro de 2023 (segunda-feira), às 20h, o compositor, violonista e violeiro Paulo Dáfilin (@paulodafilin) realiza a live de lançamento do projeto musical “Casa de Maria Joana”, que promove uma imersão em temas como o amor, ancestralidade, a fé e a brasilidade, presentes na obra do artista que transita com habilidade pelo universo das canções de roça, das chulas e do samba de roda.
Com transmissão gratuita no Canal do Youtube Paulo Dáfilin, o projeto é formado por um show com quatorze músicas inéditas e duas oficinas com os temas “A Viola e o Violão na Formação da Música Brasileira” e “Dos Batuques ao Samba”. Conteúdo que será disponibilizado na íntegra de forma permanente no youtube e posteriormente será lançado também em formato de músicas individuais.
Com o nome inspirado no famoso dito popular sobre o lugar onde todo mundo manda, “Casa de Maria Joana” foi idealizado por Dáfilin a partir da brasilidade contida nessa expressão e das suas próprias referências de vida e memória afetiva. “Fui criado em uma casa no mesmo quintal dos meus avós maternos. Minha avó se chamava Maria e minha mãe Joana. Eu literalmente nasci na Casa de Maria Joana, a casa coberta de flores, a casa cercada de festa, a casa das portas abertas”, comenta o músico.
Nascido em São Caetano do Sul (SP), o artista possui uma longa vivência em Santo Amaro da Purificação (BA), cidade interiorana do Recôncavo Baiano e terra natal de Maria Bethânia: “ele foi para Santo Amaro e o Recôncavo o conquistou de tal modo que ele hoje é um mestre em samba de roda e chulas, o que no Recôncavo é muito raro. Ele é especializado nisso!”, explica a cantora em uma de suas entrevistas.
Atualmente integrando a banda que acompanha Maria Bethânia, Paulo Dáfilin é um dos artistas mais conectados com a cantora desde 2010, laço que foi reforçado no último álbum lançado por ela com a gravação de duas canções inéditas de autoria dele: “De onde eu vim” e “Lapa Santa”, em parceria com Roque Ferreira. Com a cantora, participou da turnê “De Santo Amaro à Xerém”, com Zeca Pagodinho.
Dáfilin também acompanhou Jair Rodrigues por quinze anos, atuando como instrumentista, produtor e diretor musical, fazendo arranjos e assinando autorias de músicas como “Adeus tristeza” e “Quem falou”. Nas palavras de Jair Rodrigues “Um dos maiores músicos do Brasil, quiçá do mundo”.
Ao lado de Dona Edith do Prato tocou violas, violões e assinou a direção musical dos arranjos do álbum “Vozes da Purificação” (2003). E quando o Samba de Roda do Recôncavo Baiano (expressão musical, coreográfica, poética e festiva das mais importantes e significativas da cultura brasileira) foi reconhecido pela Unesco como patrimônio imaterial da humanidade, tocou violas e violões, fez os arranjos e direção musical do projeto. Atuou na Banda da Mangueira e na banda do Prêmio da Música Popular Brasileira.
Sobre o projeto “Casa de Maria Joana”
Para o show de lançamento de seu projeto inédito, Paulo Dáfilin fez questão de convidar todos os instrumentistas que atuaram na gravação original de cada uma das músicas. Nomes que circulam pela cena musical tocando com grandes nomes, como é o caso da famosa percussionista Lan Lanh, Fernando Nunes, que tocou com Cássia Eller e atualmente integra a banda de Zeca Baleiro, Marcelo Costa, que integra a banda de Gilberto Gil, Marcos Esguleba, que integra a banda de Zeca Pagodinho, Vitor Cabral, que tocava com Gal Costa, entre outros nomes de peso.
Para as composições, fez parcerias com Roque Ferreira nas músicas “No pé da Jurema” um xaxado que fala de um amor consagrado por um beijo em frente à Jurema; “Bem bumba” que fala sobre uma pessoa que traz o Brasil dentro dela exalando costumes, sincretismos e crenças brasileiras; e “Prece dos matutos” que reflete sobre o verdadeiro sentido da fé como alimento da alma, desprovido de benefícios próprios.
De autoria conjunta com Ana Basbaum, estão “Coração de Deus” sobre o elo do coração de Deus com o coração dos homens, “Bem-vindo” uma canção sobre um amor que está iniciando, “Tempo do amor” um afro-samba que relata os conflitos sobre a perda do amor, em uma metáfora com o mar e suas mudanças.
Das composições solo estão “De pé direito”, um congo misturado com frevo sobre brasilidade, sincretismo e superstições; “No sereno” e “Suas vontades” que refletem o amor; a música de viola “Por um milagre” em homenagem à Nossa Senhora da Aparecida; “Chuliando” que reverencia a chula, ritmo do recôncavo, mãe do samba de roda; e “A morada do samba” inspirada no samba paulista das escolas de samba, na identidade da cidade e nas histórias dentro de canções.
Em homenagem a Jair Rodrigues, Dáfilin compôs “Licença”, um samba que pede licença a todos que o ensinaram e protegem para que seu canto seja abençoado. “Fiz essa música quando Jair faleceu, ele foi meu grande parceiro, meu segundo Pai, me chamava de filho. Um agradecimento!”, ele comenta.
E dialogando com o universo literário, “A voz do Sacireno” inspirada no personagem Sacireno, do livro “O oitavo vilarejo”, de Gustavo Rosseb. Na música, Dáfilin revela seu olhar sobre quem o menino personagem realmente era, o que acabou inspirando o autor a mudar a trajetória do terceiro livro da trilogia “A carruagem da morte”, incluindo inclusive a letra da música na narrativa.
Essas ações integram o projeto “Casa de Maria Joana” contemplado no edital PROAC 16/2021 – MÚSICA / GRAVAÇÃO (PRESENCIAL E/OU ONLINE).
Mais informações: www.instagram.com/paulodafilin
SERVIÇO: Lançamento do projeto “Casa de Maria Joana” – Com Paulo Dáfilin
Classificação Livre. Grátis
Quando: 16 de janeiro de 2023 (segunda-feira) – Horário: 20h
Onde assistir: Canal do Youtube Paulo Dáfilin Oficial – Link: www.youtube.com/@paulodafilinoficial
Quando: 18 de janeiro de 2023 (quarta-feira) – Horário: 20h
Oficinas: A Viola e o Violão na Formação da Música Brasileira e “Dos Batuques ao Samba”