Com a chegada do inverno e das baixas temperaturas, os tutores precisam redobrar os cuidados com o bem-estar de cães e gatos, com atenção também à alimentação.
Existe uma tendência das pessoas quererem comer mais no frio, pois o clima é convidativo para guloseimas e alimentos mais calóricos, que propiciam a sensação de aconchego. E sabe-se que existe também uma forte tendência à transferência de hábitos dos tutores aos seus melhores amigos, o que pode ocasionar o aumento da oferta de alimentos e petiscos nesta época, causando diversos problemas aos animais, como o sobrepeso e até mesmo a obesidade.
Mas é importante esclarecer que os pets não necessariamente sentem mais fome no frio. O inverno brasileiro é ameno e as condições em que a maioria dos pets domiciliados vive tornam pouco provável que a temperatura interfira na necessidade de alimento para o funcionamento do organismo desses animais de estimação.
“Grande parte dos cães e gatos que têm lar vive em áreas internas, permanecem no conforto do lar aquecido, com camas, mantas e até roupinhas, e dificilmente saem na rua para exercícios intensos, o que contribui para que mantenham a temperatura corporal estável”, explica a médica-veterinária e supervisora de Capacitação Técnico-Científica e Técnico-Comercial da PremieRpet®, Marina Macruz.
Se a temperatura do pet se mantém estável com essas condições, significa que o organismo dele não está gastando mais energia para se manter aquecido. “Como não há aumento no gasto energético, não há motivo para repor energia com mais calorias, muito menos para que o animal sinta mais fome. Portanto, o tutor não deve oferecer alimento a mais”, esclarece a especialista.
5 dicas para garantir a saúde e bem-estar do pet durante o inverno
Além de evitar o excesso de alimentos, a médica-veterinária dá algumas dicas para garantir a saúde e bem-estar dos pets durante a época mais fria do ano.
· Alimentação – Mantenha uma rotina de alimentação fracionada, conforme orientação da embalagem ou do médico-veterinário. Não deixe o alimento por mais de 15 minutos a cada refeição. Se o animal não comer, retire a vasilha, evitando que o alimento perca nutrientes e palatabilidade ao ficar exposto no ambiente. E vale lembrar: os petiscos não substituem o alimento completo e balanceado e devem representar no máximo 10% das calorias diárias indicadas para a idade e o porte do animal.
· Hidratação – Nos dias mais frios, os pets tendem a beber menos água e precisam de um estímulo maior. O clima seco também pode contribuir com a desidratação do animal. Por isso, é importante ofertar água limpa e fresca à vontade, em potes higienizados e espalhados pela casa. Alimentos úmidos também contribuem para aingestão hídrica.
· Higiene – A frequência dos banhos pode ser reduzida no inverno, mas é necessário manter a higiene do pet. Nos dias de baixa de temperatura, use água morna, proteja bem o ouvido e seque os pelos com secador. A pele dos animais é muito sensível, por isso os produtos utilizados no banho devem ser exclusivos para a espécie, com formulações adequadas para os cães e gatos.
· Saúde – A saúde dos pets pode ficar mais vulnerável durante o inverno, por isso, é preciso se certificar de que o protocolo vacinal do animal está em dia. Além disso, a alimentação é um dos fatores que interferem diretamente na imunidade do pet, ou seja, alimentos completos e balanceados são responsáveis por fornecer importantes nutrientes para o bom desenvolvimento do sistema de defesa do organismo.
· Ajustes de medicação – Cães e gatos com doenças ósseas ou articulares, como artrite e artrose, podem sentir mais dor em baixas temperaturas e necessitar de ajustes nas doses de medicamentos para estas condições. Siga sempre as orientações do médico-veterinário e não medique por conta própria.