Uma jornada cativante pelo coração da Floresta Amazônica. A exposição fotográfica e multiplataforma “Amazônia: o Pulmão, o Sangue e os Glóbulos Verde Amarelos”, criada pelo fotógrafo Giancarlo Giannelli vai até o próximo dia 27, no MIS (Museu da Imagem e do Som), de Campinas (SP), com entrada gratuita. Os registros são do fotógrafo Giancarlo Giannelli e capturam momentos da expedição “Barco da Saúde”, realizada pela Faculdade São Leopoldo Mandic, que oferece atendimento médico e odontológico gratuito para comunidades indígenas nas regiões de Alto Autazes, Murutinga, Natal e Iguapenús, no Norte do Brasil. Durante a exposição, os espectadores poderão acessar também os vídeos para conhecer as histórias por trás das imagens.
Este projeto foi contemplado e patrocinado pelo Fundo de Investimentos Culturais de Campinas – FICC 2022, pertencente à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da Prefeitura Municipal de Campinas. O FICC tem como finalidade fomentar a produção artística local. A exposição contará com 20 fotos capturadas em uma das expedições do Barco da Saúde, de 2017, cada uma com sessenta centímetros de largura e quarenta centímetros de altura e é também um compilado de um livro de autoria de Giancarlo Giannelli e que tem o mesmo nome. O projeto destaca a solidariedade como um ponto de encontro entre culturas distintas, com o objetivo de reduzir o isolamento social e geográfico das comunidades amazônicas.
O Barco da Saúde é uma iniciativa da Faculdade São Leopoldo Mandic, idealizado pelos alunos de medicina José Anibale Rodrigues Junior e Jhenifer Moura França, que se dedica a prestar atendimento médico e odontológico nas comunidades isoladas das regiões ribeirinhas no norte do país.
Segundo Giancarlo Giannelli, o fotógrafo por trás das imagens registradas durante a expedição, conta que o verdadeiro desafio na fotografia não está na técnica de escolher, selecionar e editar fotos, mas sim na capacidade de interpretar a vida e as experiências das pessoas fotografadas. Sobre as imagens da exposição, o fotógrafo diz que transmitem o sentimento de amor e conhecimento cultural e educacional que adquiriu nos últimos anos sobre a Amazônia. “Quando pensamos na Amazônia, uma região vasta e multifacetada, fica claro que há muitas maneiras de representá-la. Nesta exposição, pretendo trazer à tona a essência amazônica, que será uma forma de mostrar o significado desse pulmão que ela representa, o que os rios que cortam essa região significam, e como essa região é vital para a sobrevivência de todos os seres que nela habitam, buscando uma vida digna”, relata Giannelli.
Para o fotógrafo, as fotografias são reflexo do amor, conhecimento cultural e educacional que acumulou ao longo dos anos em sua jornada pela Amazônia – Crédito: Divulgação
Esta exposição é inédita no Brasil e já foi exibida em Salamanca, na Espanha. O fotógrafo explica que o propósito da exposição é retratar a cultura e a essência da região amazônica, através da “pele amazonense”, que simboliza a identidade e a alma da Amazônia, com destaque à riqueza cultural e ecológica da região e à relação profunda da dos recursos naturais da floresta e os habitantes ao redor dela. “A pele amazonense será como mostrar o que significa esse pulmão que ela é, o que significa esse sangue, que são os rios dela, e o que significa os glóbulos verde-amarelos que trafegam entre esses rios e procuram ou tentam sobreviver da forma mais digna possível.”
A exposição “O Pulmão, o Sangue e os Glóbulos verde amarelos” é direcionada para um público diverso, incluindo crianças, adolescentes e adultos, e é classificada como livre para todos os públicos.
Serviço
Exposição: “Amazônia: O Pulmão, o Sangue e os Glóbulos verde amarelos”
Fotografia, produção e curadoria: Giancarlo Giannelli
Data: até 27 de dezembro de 2023
Local: MIS (Museu da Imagem e do Som) de Campinas
Endereço: Rua Regente Feijó, 859 – Centro, Campinas – SP
Horário de funcionamento: De terça a sexta, das 9h às 17h. Aos sábados das 9h às 15h
Entrada gratuita
“As crianças na região experimentam a sensação tátil da vida, ao contrário do que acontece aqui, onde estamos cada vez mais imersos na era digital, onde as telas LCD dominam nossa percepção tátil da realidade. Para eles, essa sensação tátil não é apenas um brinquedo ou um cavalinho; é uma experiência autêntica em um mundo tridimensional. Assim como minha fotografia, que é capaz de despertar a curiosidade de uma criança, levando-a a tocar na imagem como se tentasse ampliá-la com um simples toque. Essa capacidade de encontrar felicidade apesar das adversidades da vida é notável e torna suas vidas significativamente mais alegres, mesmo diante das condições difíceis que enfrentam”
– Giancarlo Giannelli, fotógrafo
SOBRE GIANCARLO GIANNELLI
Jornalista e fotógrafo, nascido em São Paulo em 1971, iniciou sua carreira aos 16 anos fotografando casamentos, books, e toda sorte de eventos sociais. Em 1990, ele se mudou para Turim, na Itália, onde, com novos equipamentos passou a fotografar a arte contida no cotidiano. De volta a Campinas, cidade em que habita desde os 11 anos de idade, organizou a exposição “Itália em Grãos de Prata” no Centro de Convivência Cultural de Campinas e na escola de idiomas Europeo.
Com a nova perspectiva desenvolvida em solo italiano, começou a trabalhar no Brasil com comunicação corporativa para grandes empresas como IBM, Eaton, Coca-Cola, EPTV – Rede Globo, Editora Abril – Revista Veja do Interior, Unimed Campinas, Fumagalli, Motorola, CPFL, Arcor, Unilever, Tenneco, Takata, São Leopoldo Mandic, LuK Embreagens, Caterpillar, Magneti Marelli, 3M, Guabi além de tantas outras. Dessa experiência, acumula milhares de eventos como Salões de Automóvel, shows do Skank, Cidade Negra, Djavan, Lenine, Wanessa da Mata, Gilberto Gil, Paralamas do Sucesso, etc., além de eventos e personalidades políticas, dentre elas Lula, Geraldo Alckmin, Michel Temer e outros tantos.
Nos últimos anos tem explorado, cada vez mais, a linguagem própria da arte fertilizada na maturidade típica do homem, com o quê compõe uma espécie de fotografia poética. Em 2015, preparou nova exposição chamada “Trotamundos ou mirando minhas desconhecidas cidades”, no MACC, devotada exclusivamente às fotos em fine-art e à nova estética apurada com a nova forma poética que desenvolvia. Atualmente, dedica-se à elaboração de novas exposições, e para tanto, tem viajado a vários destinos como Itália, Portugal, Espanha, Estados Unidos e tantas outras cidades brasileiras.