Ter em seu território uma via artificial de navios, ligando o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, considerado um feito da engenharia mundial, já seria um motivo suficiente para visitar o Panamá. Acontece que esse país, ponto de conexão entre as Américas do Norte e do Sul, reserva outras inúmeras surpresas para quem o escolhe como destino. Ali, o passado e o presente se entrelaçam em paisagens incríveis e experiências únicas.
Praias de tirar o fôlego
Sua localização estratégica reserva um trunfo pouco conhecido por muitos: o acesso tanto ao Oceano Pacífico quanto ao Mar do Caribe. São quase 3 mil quilômetros de costa e mais de mil ilhas para explorar. Surpreendentemente, a grande maioria desses locais permanece intocada pela presença humana, já que muitos deles continuam desabitados.
Entre as praias mais famosas, estão Veraguas e Santa Catalina. A primeira província, no centro do país, é um destino cheio de aventuras, perfeito para quem gosta de belas praias, belezas naturais e vida selvagem. É possível, por exemplo, ver espécies de tartarugas marinhas construindo seus ninhos para o nascimento dos filhotes.
Prepare-se para mergulhar e surfar nas melhores ondas, praticar stand up paddle e pesca esportiva, e explorar a grande diversidade marinha da região, como golfinhos, tubarões e baleias.
Já Santa Catalina é a preferida entre os surfistas, que vão em busca do “The Point” por suas ondas incríveis. No local, há vários hotéis e retiros de ioga, além de opções de restaurantes, bares e passeios para aproveitar ao máximo a região.
Arquipélago de San Blas
Um território ancestral dos Guna Yala, um dos sete grupos indígenas que habitam o Panamá. Este é o desafio de explorar o arquipélago de San Blas, que tem mais de 360 ilhas e promete paisagens deslumbrantes e muito bem preservadas.
Um roteiro rústico, sem chuveiros aquecidos ou internet, mas que promete uma conexão profunda com a natureza. Além disso, proporciona um contato genuíno com os povos Guna, sua cultura e culinária, em cabanas de palha e bambu, geridas pelos próprios indígenas.
Quem embarcar nesta aventura vai encontrar ilhas de águas azul-turquesa, como em El Porvenir, considerada a capital. Um povoado que oferece a melhor infraestrutura na região, com opções de hotéis simples, porém com certo conforto durante a estadia.
Vale a pena visitar a Ilha Perro (destaque para o mergulho com snorkel na Playa Chichime), assim como as ilhas Banedub (ou Fragata), Iguana, Pelicano e Robeson.
Panamá City, a nova Miami
A Cidade do Panamá é conhecida como um paraíso para compras, com shoppings repletos de lojas locais e marcas internacionais. A moeda oficial é o balboa, mas o dólar americano é amplamente utilizado. A vantagem de comprar no Panamá pode depender da cotação do dólar, mas possui preços muito parecidos com Miami, destino consagrado entre os que adoram uma pechincha.
Comparando com a cidade norte americana, o Panamá tem a vantagem de não precisar de visto para brasileiros. Comprar onde os moradores compram pode significar economia, como no Metromall e Los Pueblos, que oferecem preços atrativos, enquanto o Multiplaza exibe marcas de luxo e preços mais altos.
O Albrook Mall é outro lugar um pouco afastado da área turística, porém é uma opção com ampla variedade de lojas e um grande supermercado. Viajar nos meses de troca de coleção pode ser vantajoso, e é importante considerar um imposto adicional de 7% sobre os preços das etiquetas.
Pólo gastronômico
A culinária do Panamá é repleta de sabores e texturas, oferecendo pratos saborosos que equilibram ingredientes doces e salgados, com nuances de especiarias crioulas, acompanhados por muito arroz e castanhas. Essa cozinha é conhecida por sua leveza, valor nutricional, além de sabores bem peculiares.
Na capital do país, é possível encontrar 4 polos gastronômicos imperdíveis: Casco Antiguo, San Francisco, Costa del Este e Cinta Costera. Os 3 primeiros trazem propostas modernas de comida internacional, cozinha de fusão e muito clima. A maioria das opções fica em Casco Antiguo, muito frequentado por sua vida noturna e seus telhados com vista para o horizonte da cidade.
Do outro lado, perto da Baía do Panamá, fica a Cinta Costera, com muita comida de rua, informal, cheia de sabores típicos e afro-caribenhos.
Sabores del Chorrillo: peixe frito e patacón vendidos na porta das casas.
Mercado Del Marisco: um clássico das tardes de domingo, vende o melhor ceviche do país.
Mercado San Felipe Neri: conheça as frutas e verduras produzidas no Panamá.
Canal do Panamá
E por fim, ele, o famoso marco da engenharia mundial, que liga as Américas e é um dos mais importantes elos comerciais do planeta: o canal do Panamá. Um atalho que diminuiu em cerca de 17 mil km o trajeto marítimo entre as Américas do Sul e do Norte.
O grande atrativo do canal é sua magnitude em termos históricos e de engenharia. Como existe uma diferença de nível entre os oceanos Pacífico e Atlântico, os navios precisam passar por diversas comportas (ou eclusas) para atravessá-lo. Um trajeto que dura de 6 a 8 horas.
Pelo Canal do Panamá passam, por ano, 15 mil navios, o que corresponde a aproximadamente 4% do comércio mundial. Uma obra que começou em 1880, pelos franceses, e concluída pelos Estados Unidos em 1914.
A porta de entrada para o canal é o Centro de Visitantes de Miraflores, a 12 km do Centro da cidade do Panamá. Um edifício de quatro andares que proporciona uma experiência completa. Equipado com um mirante, museu, sala de cinema, restaurante e loja, o centro oferece uma visão abrangente do funcionamento do canal. Há também opções de travessias de barco, experiência que dura cerca de 9h e custa a partir de $ 145.
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