Com o final de ano se aproximando, o comércio e o setor de serviços de São Paulo estão intensificando as contratações para o período festivo. Uma pesquisa realizada pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLSP) em parceria com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que cerca de 35% das vagas de trabalho previstas no país para o final de 2024 estarão concentradas no estado de São Paulo. Isso representa aproximadamente 38.500 novas oportunidades de emprego, temporário, informal, efetivo ou terceirizado, de um total de 110 mil vagas previstas no Brasil.
No ano passado foram criadas 94.679 vagas no Brasil para o mesmo período. Com o crescimento econômico tímido e a expectativa de que o PIB nacional feche o ano com alta de apenas 2,3%, as vagas temporárias são vistas como fundamentais para aumentar o poder de compra das famílias e manter o comércio aquecido até o início de 2024.
De acordo com a pesquisa, entre os empresários paulistas que pretendem abrir vagas, 54% têm como objetivo contratar trabalhadores temporários, com uma média de 1,8 colaboradores por empresa, e duração média de 2,3 meses para os contratos. Dessas contratações, 26% poderão ser efetivadas, enquanto 51% dos empresários não têm planos de efetivar os temporários, e 23% ainda não definiram suas decisões.
Além disso, a pesquisa indicou que 52% das contratações serão de trabalhadores sem carteira assinada, 45% serão registrados, e 20% envolvem terceirizados. As funções mais buscadas são para vendedores, ajudantes e cabeleireiros, atendendo a maior demanda por serviços e comércio neste período do ano.
A movimentação do setor também reflete no aumento dos investimentos das empresas na qualidade do atendimento e na expansão de suas operações. Dos empresários ouvidos, 55% afirmam que as contratações têm como principal objetivo atender à demanda adicional, enquanto 28% estão otimistas com o desempenho das vendas em 2024 e 22% querem expandir seus negócios.
Apesar das mudanças no mercado de trabalho, a pesquisa mostra que 93% das vagas serão para trabalho presencial, enquanto o home office e o modelo híbrido continuam sendo opções menos exploradas, representando apenas 2% e 3% das vagas, respectivamente.