Criar uma cobra em casa é uma experiência fascinante para os apaixonados por répteis, mas requer preparação, conhecimento e comprometimento. A bióloga e bailarina Giselle Kenj é a única personalidade da dança no país que convive com três cobras da raça píton, sendo duas albinas e uma pigmentada, intituladas carinhosamente por ela como “babies”.
As pítons possuem um comportamento relativamente dócil e por não serem venenosas, as tornam uma escolha popular entre criadores. Porém, é muito importante entender os requisitos legais, de cuidados e de segurança necessários para manter esse animal exótico de forma adequada, saudável e feliz no ambiente doméstico.
Segundo a bióloga, as responsabilidades para quem deseja criar esse tipo de animal, vão além das licenças exigidas por lei, pois acima de tudo são seres vivos e é essencial dispor de ambiente seguro, apropriado e limpo para evitar acidentes e enfermidades. Importante proporcionar qualidade de vida à eles, com a ajuda de um terrário, acessórios, termômetro e lâmpadas UVB para manter corretamente a temperatura e umidade.
Por conviver quase 30 anos com pítons, Giselle conhece as características de cada uma de suas cobras. O Rah (15kg/3,15m) é protetor, prudente, extremamente carinhoso e ansioso, o Hórus (15kg /3m) é o mais independente e o caçula Tiger (7kg /2,20m), é brincalhão e esperto. Sua casa é totalmente adequada, por criá-los soltos não possui nenhum tipo de móvel pontiagudo, obstáculos de risco e por onde passam, cada cômodo é extremamente seguro. Além de toda a liberdade, os animais quando não estão no terrário, também tem o conforto de dormirem na mesma cama que ela.
“É muito importante manter um ambiente apropriado para que não tenham infecções respiratórias, problemas de pele e parasitas, que são os problemas mais comuns, que podem ser evitados com a manutenção do terrário, higiene periódica e uma alimentação de qualidade. Ter conhecimento sobre esses animais exóticos é imprescindível para criá-los, não é qualquer pessoa que dispõe de tempo e entendimento. Além dos cuidados necessários, eles precisam de amor para sobreviver, de nada adianta ter qualquer animal sem conhecimento e sentimento”, diz Giselle.
A alimentação é realizada em casa, aproximadamente a cada 20 dias com alimentos congelados, porém servidos na temperatura ambiente. Os banhos variam entre 20 e 30 dias e no período de troca de pele são mais frequentes. As cobras costumam ficar imersas por até 3 horas na água morna, para higienização e hidratação do corpo e órgãos internos.
Além de bióloga, Giselle é referência em dança do ventre no Brasil e apresenta diversos formatos, como: espada, clássica egípcia, solo de derbake, véus (único véu, véu duplo, sete véus e véu wings), candelabro, punhal, saidi (bastão/bengala), snujs (sagat), beduína, pandeiro e o mais requisitado, com a serpente, no qual seus babies também participam como no Egito Antigo, onde são considerados animais sagrados e simbolizam sabedoria, fertilidade, ascensão espiritual e superação.
Para saber mais, acesse o Instagram: @gisellekenj