A taxa de inadimplência de aluguel em São Paulo voltou a subir em dezembro, chegando a 3,15%, após um registro de 2,85% no mês anterior – uma alta de 0,30 ponto percentual, conforme o Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica, principal plataforma de soluções tecnológicas e financeiras para os mercados condominial e imobiliário no país.
O índice no estado foi o mais alto do segundo semestre, que registrou as menores taxas do ano em agosto (2,61%) e setembro (2,63%), e 0,07 ponto percentual inferior ao pico da inadimplência de aluguel em 2024 (3,22%), alcançado no mês de abril. Apesar da alta, o índice no estado segue ainda abaixo da média nacional, que foi de 3,46% em dezembro. Entre as regiões do país, o Norte lidera o ranking com a maior taxa de inadimplência do período, com 7,05%, seguido do Nordeste (5,02%), Centro-Oeste (3,67%), Sudeste (3,13%) e Sul (2,73%).
O levantamento aponta que a Paraíba, a exemplo do que ocorreu em outubro e novembro, registrou a maior taxa de dezembro, desta vez com 15,77%. A lista das maiores taxas de inadimplência locatícia segue com Amazonas (12,50%), Pará (8,99%), Rondônia (8,18%) e Acre (6,26%). O ranking dos estados com as menores taxas é liderado por Santa Catarina (1,97%), seguido de Espírito Santo (2,01%), Amapá (2,44%), Minas Gerais (2,60%), Rio Grande do Sul (2,72%), Rondônia (2,72%) e Sergipe (2,99%).
Nos imóveis residenciais, a maior taxa de inadimplência foi na faixa de aluguel de até R$ 1.000 (5,43%) e acima de R$ 13.000 (5,19%), enquanto a menor foi de imóveis de R$ 2.000 a R$ 3.000 (1,96%). Já em relação aos imóveis comerciais, a faixa de até R$ 1.000 trouxe a maior taxa (6,75%), e a menor foi na faixa de R$ 1.000 a R$ 2.000, de 3,85%. Em relação ao tipo de imóvel, a taxa de inadimplência de apartamentos subiu de 2,22%, em novembro, para 2,36%, em dezembro; e a de casas, de 3,54% para 3,85%. Os imóveis comerciais tiveram 4,49% de inadimplência, 0,35 ponto percentual acima de novembro, que fechou em 4,14%.
“O aluguel é dificilmente o primeiro gasto a ser cortado, afinal a moradia é uma necessidade básica. A taxa de inadimplência está diretamente relacionada aos fatores macroeconômicos da região, como taxa de emprego e PIB, e o aumento em São Paulo é um forte alerta para a situação econômica da população”, afirma Manoel Neto, Diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica.
“Além disso, em um ano marcado pelo crescimento das apostas esportivas e jogos online, o impacto nas finanças dos brasileiros foi considerável. Em dezembro, a inadimplência locatícia em São Paulo registrou o maior índice do segundo semestre, voltando aos patamares verificados no início de 2024”, completa.
Sobre o Índice Superlógica
O Índice de Inadimplência Locatícia da Superlógica é um levantamento mensal de dados exclusivos e internos que apresenta o cenário de dívidas do mercado brasileiro de locação imobiliária. O índice leva em consideração o valor do boleto, o tipo de imóvel (apartamento, casa ou comercial) e a sua localização, além das datas de vencimento e pagamento, que mostram se há inadimplência ou não.
Esta edição do estudo contou com dados de mais de 800 mil clientes locatários em todo o Brasil, sendo considerados inadimplentes aqueles que possuem boletos que estão há mais de 60 dias sem pagamento ou que foram pagos com atraso de mais de 60 dias. Todos os dados são anonimizados, não sendo passíveis de associação a um indivíduo, direta ou indiretamente.
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