Mais da metade (53%) das pessoas pretende comemorar o Dia dos Namorados virtualmente este ano, em virtude das medidas de prevenção à covid-19. Foi o que mostrou pesquisa recente do iq, startup de serviços digitais, realizada com mais de 8 mil respondentes, em todas as regiões do Brasil. O material mostrou, ainda, que 33% das pessoas pretendem se encontrar com parceiro (a). Por conta do cenário atual, uma das mudanças de hábito que aparecem no levantamento é o crescimento da quantidade de pessoas que vai fazer o presente: 18% dos participantes, ante 8% que aderiram à prática em 2019.
Em relação aos valores que os entrevistados pretendem gastar com o mimo, 26% disseram que vão disponibilizar até R$ 60 do orçamento, enquanto 31% gastarão de R$60 a R$120; 16% de R$120 a R$ 240 e 9% vão gastar de mais de R$240. O índice de quem não pretender dar presente ficou em 18%. Para Fernando Iodice, especialista em finanças pessoais e co-fundador do iq, o brasileiro está enfrentando o aumento de alguns gastos no período de isolamento social, como é o caso da conta de gás, que ficou 39% mais cara no estado de São Paulo no mês de abril (conta paga em maio), de acordo com pesquisa da fintech. “Além do aumento do valor das contas domésticas, muitas pessoas perderam os empregos ou tiveram a renda diminuída nos últimos meses, o que obriga a diminuição de alguns gastos considerados supérfluos, como é o caso do presente de Dia dos Namorados”, comenta.
Outro achado da pesquisa foi o interesse das pessoas em comemorar a data assistindo lives (37% dos respondentes) e vendo filmes e séries (48%), além de realizar jantares em casa (38%). Sobre estes pontos, Iodice comenta que a quarentena está obrigando os casais a economizar, pois em um cenário considerado normal, muitos deles iriam ao cinema ou a um restaurante, como mostrou a pesquisa da Red Ventures: em 2019, 28% dos entrevistados comemoram o dia 12 de junho em frente à telona, enquanto somente 6% o farão em 2020 – em cidades em que há esta opção. Já em relação a jantares fora de casa, 30% dos entrevistados saíram para comer na data no ano passado e apenas 6% que o farão este ano. “Neste cenário, o ideal é diminuir gastos de lazer e priorizar as contas fixas, como aluguel, luz e telefone, para evitar problemas financeiros agora e daqui alguns meses”, finaliza Iodice.