A picanha, um dos cortes de carne bovina mais apreciados no Brasil, foi eleita o segundo melhor prato do mundo em lista atualizada no dia 15 de junho do TasteAtlas Awards. A classificação considerou avaliações de usuários de todo o mundo, destacando o sabor e a suculência incomparáveis desse corte.
A picanha é um corte retirado da parte superior da coxa do boi, próximo ao lombo, reconhecido pela capa de gordura que a envolve, essencial para garantir a suculência e o sabor característicos. O peso da peça desse corte de carne varia conforme o peso do animal. Bovinos mais pesados produzem picanhas mais pesadas. Geralmente, pesa entre 1 kg e 1,5 kg e é bastante valorizada em churrascos.
Este corte pode ser preparado de várias formas, sendo as mais comuns na grelha, no forno ou na frigideira.
“Ao escolher uma picanha, é importante observar a capa de gordura: ela deve ser uniforme e de coloração branca ou amarelada. A carne em si deve ter uma cor vermelha viva e textura firme. Para o preparo é recomendado temperar apenas com sal grosso, mantendo a gordura intacta durante o cozimento para evitar que a carne resseque”, explica Bruno Alvarengas, proprietário da Mr. Moo Boutique de Carnes e idealizador do Mr Moo Festival, evento que aconteceu em São José dos Campos e na última edição reuniu mais de 480 mestres de carne.
A exportação de carne bovina, incluindo cortes nobres como a picanha, é um setor significativo da economia brasileira. Segundo último dado da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em 2024 a produção de carne bovina no Brasil deve atingir 10 milhões de toneladas, das quais cerca de 3,5 milhões são destinadas ao mercado externo.
Alvarengas destaca também a importância cultural da picanha para o Brasil. “A picanha representa o coração do churrasco brasileiro. Sua suculência e sabor são insuperáveis. No restaurante vejo a paixão das pessoas por esse corte, que é preparado de formas diversas, mas sempre mantendo sua essência”.
Além da picanha, outros pratos brasileiros foram destacados no ranking do TasteAtlas. A vaca atolada ocupou a 29ª posição, enquanto a moqueca ficou em 49º lugar e o feijão tropeiro em 50º. Esses resultados ressaltam a riqueza e a diversidade da culinária brasileira, que tem ganhado cada vez mais reconhecimento internacional.