Não é somente o ser humano que precisa ter cuidado com o coração. A falta de check-up regular, alimentação incorreta, obesidade e falta de exercícios físicos também vêm provocando um aumento de casos de problemas cardíacos em cães e gatos. Levantamento do Programa de Cuidados ao Paciente Crônico, realizado pela Petlove com 255 pets, mostrou que 19% dos animais analisados são cardiopatas.
Raças e fator de risco
A veterinária e especialista em nutrição animal, Cleuma Ferreira, explica que algumas raças específicas de cães e gatos são mais propensas a desenvolver doenças cardíacas, e a escolha de uma dieta adequada pode prevenir e controlar essas condições. ‘’Entre os cães, destacam-se raças como o Cavalier King Charles Spaniel, o Doberman, Pinscher, Boxer, Labrador Retriever e Chihuahua. E entre os gatos, as raças Maine Coon e Sphynx são as mais propensas à cardiomiopatia hipertrófica’’, diz.
Mesmo com hábitos super saudáveis, essas raças específicas podem desenvolver quadros cardíacos. ‘’Não tem muito o que fazer por ser genético, mas tem como prevenir e trazer qualidade de vida’’, afirma Cleuma.
A especialista afirma que o melhor caminho é a prevenção. “O animal acometido precisa ter um acompanhamento regular para entender o grau da doença, já que ele possui uma pré-disposição em tê-la. Ainda assim, atividade física e protocolo alimentar específico para esses animais é o que fará a diferença para trazer qualidade de vida ao pet, mesmo que o problema cardíaco se desenvolva’’, orienta a profissional.
Alimento que previne e faz bem para o coração
Nas palavras da especialista em nutrição animal e consultora da
Pet Chef Chico, empresa especializada em marmitas e petiscos naturais para pets, animais com problemas cardíacos precisam de uma dieta que favoreça a saúde do coração, e, neste caso, uma formulação da alimentação natural é ideal para esses pacientes. “Com a alimentação natural, temos mais liberdade para formular algo único para aquele pet, sem correr risco de ele ingerir algo que não possa. É imprescindível que essa alimentação tenha níveis de sódio reduzidos para evitar retenção de líquidos e pressão arterial elevada, assim como deve conter proteínas de alta qualidade, carnes magras e peixes para manter a massa muscular. E sem esquecer dos ácidos graxos do Ômega-3 que ajudam a reduzir inflamações e promovem saúde cardiovascular’’, orienta a especialista.
A veterinária faz um alerta importante: “Não mude a dieta do seu pet sozinho, procure sempre um profissional”. Ela cita o exemplo de um cão com doença hepática, que recebeu uma dieta restritiva para promover a saúde do fígado. Mas a tutora resolveu modificar a dieta por conta própria, e o animal piorou significativamente. “Tivemos que retomar o tratamento com uma dieta mais específica ainda, que contou com a produção da Pet Chef Chico, e após isso, o cãozinho conseguiu recuperar a saúde”, relata Cleuma.
Acompanhamento veterinário regular é essencial
Para Maria Mattos, sócia-diretora da Pet Chef Chico, é necessário que os tutores tomem cuidado ao tomar atitudes sem orientação. “Esse tipo de transtorno poderia ser evitado para o animal, ele não precisaria adoecer e sofrer as consequências dessa situação. A alimentação natural pode atender às necessidades nutricionais e dietéticas dos pets, sim, e por isso é tão importante fazer isso corretamente e com respaldo veterinário’’, finaliza Maria.
Dicas para melhorar a saúde do seu pet
1.Mantenha seu pet ativo e sempre em dia com as atividades físicas;
2.Busque um profissional para oferecer uma alimentação saudável e rica em nutrientes e nunca por conta própria;
3.Evite o sobrepeso do pet;
4.Faça check-ups regulares no veterinário se o seu animal tiver propensão para doenças cardíacas;
5.Leve seu pet ao veterinário se houver sinais de fraqueza e cansaço extremos após atividades simples, palpitações e taquicardia.