O crescimento do uso da Inteligência Artificial (IA) no setor varejista abre caminhos para usufruir das tendências tecnológicas aliadas a experiências positivas para os clientes. De acordo com um estudo recente realizado pela Grocery Doppio e pelo Food Industry Association (FMI), o uso de IA em supermercados deve crescer 400% até o final de 2024. Esse movimento não é diferente nos minimercados, como a Minha Quitandinha, startup de tecnologia em varejo que atua no modelo de franquia de minimercado autônomo, que investe neste tipo de inovação para auxiliar na automatização de processos para atender os consumidores.
De acordo com Douglas Pena, CRO da Minha Quitandinha, o uso da IA nos minimercados favorece no gerenciamento das lojas e, consequentemente, isso também impacta positivamente na experiência do cliente. “A presença da Inteligência Artificial nas unidades não está necessariamente no contato direto com o consumidor, mas pode ser configurada dentro da jornada de consumo, que compreende desde o gerenciamento de estoque até a personalização dos produtos”, compartilha Pena.
Apesar do aspecto positivo do uso da ferramenta na operação das lojas, muitos consumidores ainda manifestam dúvidas em relação a qualidade e segurança neste tipo de tecnologia para proporcionar mais fluidez no atendimento. Pena ressalta que “mesmo que a IA acabe assustando um pouco as pessoas, hoje ela se faz essencial para promover um atendimento mais customizado e adaptado às necessidades dos clientes”. Com isso, o executivo listou quatro funcionalidades da IA para fornecer segurança e retorno positivo aos consumidores, confira:
A IA é um diferencial importante para o self-checkout – terminal de autopagamento, em que o próprio cliente pode realizar a cobrança da compra, principalmente para fornecer agilidade na hora do pagamento. “Com identificações automáticas dos consumidores a partir do uso do reconhecimento de imagem instalados nos terminais, além da identificação dos produtos a partir dos mecanismos para compra, como a leitura dos códigos de barras e a visualização do produto pela imagem, por exemplo. Tudo isso gera rapidez no atendimento e, assim, potencializa a satisfação do consumidor”, afirma.
O CRO explica que com a IA, é possível realizar um estudo dos produtos mais consumidos pelo cliente, a partir do cadastro realizado na loja. “A partir dessa análise, o consumidor tem à disposição, seja no aplicativo para smartphones ou no próprio caixa de autoatendimento, uma oferta de um mix de produtos personalizado que atenda ao consumo cotidiano de compras. Desta forma, além de demonstrar o conhecimento sobre o perfil do cliente, a IA também ajuda a otimizar a compra do consumidor”.
Outra utilidade da IA para entender a jornada de consumo nos estabelecimentos é a criação de uma pesquisa de satisfação que pode ser respondida pelas redes sociais ou pelo próprio aparelho no qual é realizado o self-checkout. “Esse tipo de mecanismo pode ser ajustado a partir da própria compra do consumidor, assim, além de oferecer uma segurança de que a empresa conhece o cliente, uma avaliação sobre a experiência de compra também viabiliza uma troca mais real entre as duas partes”, comenta.
Também, um dos pontos em que a IA pode ser uma grande aliada é a garantia de monitoramento para as compras, oferecendo segurança para os proprietários das lojas e também para os consumidores. “O uso dessa tecnologia no gerenciamento de entrada dos clientes nas unidades, como o reconhecimento facial na porta do estabelecimento. Isso possibilita ao comprador a sensação de segurança de um ambiente controlado. Por outro lado, o proprietário encontra um espaço monitorado para prevenir atividades suspeitas e furtos”, finaliza.