O Célia Helena Centro de Artes e Educação – uma das mais conceituadas escolas de teatro do país, celebrará o seu 45º aniversário prestando homenagem a dois ícones da cultura brasileira: o compositor, cantor e violonista Noel Rosa (1910-1937) e o dramaturgo Plínio Marcos (1935-1999).
Para isso, será encenado no Teatro do Célia o espetáculo “Noel, um musical”, adaptação de uma das principais peças da trajetória de Plínio Marcos – escrita em 1977 e que na época marcou a inauguração do Teatro do Sesi, em São Paulo –, que retrata a vida deste artista fundamental na história da música brasileira.
A montagem, dirigida e adaptada por Marco Antonio Rodrigues com colaboração dramatúrgica de Samir Yazbek e direção musical de Marco França, traz no elenco atores e atrizes formados artisticamente no Célia Helena. A estreia ocorre no dia 3 de novembro, com temporada até o dia 21 do mesmo mês, com entrada gratuita.
A realização do espetáculo é viabilizada por meio do Pronac – Programação Nacional de Apoio à Cultura do Governo Federal, com patrocínio da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional.
Clássico e Contemporâneo – “Noel, um musical” levará ao palco a trajetória do “poeta da Vila”, com seus amores, suas paixões, seus amigos e suas rivalidades. O enredo se desenvolve em três momentos históricos não cronológicos, que se conectam ao longo da montagem, trazendo o espectador para a década de 1930, época de Noel Rosa, o final dos anos 1970, auge da ditadura militar e da produção de Plínio Marcos e os tempos atuais.
Tudo isso permeado por composições clássicas de Noel Rosa como “Com que Roupa”, “Orvalho Caindo”, “Fita Amarela” e “Último Desejo”, que integram o repertório de mais de 300 composições criadas por Noel em apenas 27 anos de vida.
Outro ponto importante na adaptação do diretor Marco Antonio Rodrigues foi a inclusão de dois narradores, figuras que mesclam o clássico com o atual: Ademar Casé, um dos pioneiros do rádio no Brasil nos anos 30, contemporâneo de Noel Rosa, e um YouTuber. Há ainda uma participação sutil de Plínio Marcos, explicando como Noel e sua obra foram verdadeiros “modernistas cariocas”.
“O espetáculo busca se comunicar com todos os públicos, desde os mais jovens até os mais maduros. Buscamos nos conectar com essa linguagem do Teatro Popular, assim como faziam Noel e Plínio, dois grandes avatares da cultura brasileira”, explica o diretor Marco Antonio Rodrigues.
O diretor ressalta ainda que a escolha deste texto para celebrar os 45 anos do Célia Helena justificasse a modernidade artística da escola, tão bem representada por estes gigantes da cultura brasileira. “Noel Rosa, em sua curta existência, foi um dos pais da modernidade artística. Ele coloca em cena figuras que não tinham espaço, desde o malandro, passando pelo banqueiro, o agiota e pela mulher, principalmente. O Plínio representa a vanguarda do teatro contemporâneo brasileiro. Ele coloca o lumpemproletariado em cena, que também até então não tinha lugar: a prostituta, o gigolô, o miserável”, avalia Marco Antonio Rodrigues.
Por fim o diretor destaca ainda que “tanto Noel quanto Plínio eram pessoas que, com bom humor e sabedoria, tinham uma perspectiva muito otimista do povo e do país, revelando isso de uma forma muito generosa”.
Sinopse: Com direção de Marco Antonio Rodrigues e colaboração dramatúrgica de Samir Yazbek, o espetáculo homenageia as trajetórias de Noel Rosa e Plínio Marcos, permeadas por três períodos históricos que se conectam. No palco, um radialista dos anos 30 e um YouTuber trazem o clima dos botequins para relembrar os amores, paixões e rivalidades de Noel Rosa, incluindo figuras emblemáticas do Rio de Janeiro como o radialista Casé, as cantoras Marília Batista e Araci de Almeida e o cantor Wilson Batista.
FICHA TÉCNICA – NOEL, UM MUSICAL
De: Plínio Marcos
Encenação: Marco Antonio Rodrigues
Direção Musical: Marco França
Colaboração dramatúrgica; Samir Yazbek
Elenco: Ana Cecília Barros, Barroso, Bruna Alves, Caio Silviano, Dom Capelari, Fabio Pazitto, Guti Vellutini, Julia Alves, Katia Naiane, Marco França, Tássia Cabanas.
Cenografia: Ulisses Cohn
Figurinos: Atilio Belline Vaz
Coreografia e Preparação corporal: Solange Ferreira
Criação de Luz: Tulio Pezzoni
Assistência de Direção Musical e Preparação Vocal: Marcelo Farias
Cenotécnico: Mateus Fiorentino
Operação de Luz e Som: Nicolas Sadoyama
Contrarregraem: Caio Marques e Lua Nucci
Produção Executiva: Gabi Gonçalves e Nathália Christine
Relações Institucionais: Luli Hunt e Ivete Gomes
Direção de Produção: Corpo Rastreado
Fotografia: João Caldas
Realização: Escola Superior de Artes Célia Helena
Patrocínio: Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)
Serviço
Estreia dia 3 de novembro. Temporada até 21 de novembro
Horários: Quintas, sextas, sábados e segunda (dia 21/11) às 19h30 e domingos às 16h e 19h30
Ingressos gratuitos na plataforma sympla: https://www.sympla.com.br/produtor/corporastreado
Local: Teatro do Célia
Endereço: Avenida São Gabriel, 466 – Itaim Bibi
Telefone: 11 3884-8294