O que é melhor para uma organização: investir em infraestrutura local com equipamentos, softwares e redes de informática para operacionalizar a empresa, ou contratar um parceiro de tecnologia que ofereça tudo isso em um ambiente de nuvem? A segunda alternativa tem se mostrado, na prática, a mais viável e vantajosa, inclusive quando se trata de operar sistemas ERP – sigla para Enterprise Resource Planning, ou Planejamento de Recursos Empresariais.
Entre os ganhos, estão mais segurança contra sinistros (como incêndios e outros acidentes a que instalações locais estão sujeitas) e, principalmente, maior proteção de dados e informações. Outra vantagem é que a hospedagem em nuvem está ancorada em datas centers de alto padrão tecnológico e em constantes atualizações, o que assegura maior velocidade no processamento de dados e menor tempo de resposta nas operações realizadas pelos softwares. Ou seja, você ganha em agilidade e, principalmente, em precisão nos resultados obtidos em suas demandas.
É o que avalia, por exemplo, o CCO da ACOM Sistemas, Eduardo Ferreira. Com sede no Paraná e unidade em São Paulo, a empresa tem como carro chefe o ERP EVEREST, voltado a negócios no setor de alimentação fora do lar, como bares, restaurantes, baladas e similares. Segundo Ferreira, quase a totalidade dos clientes prefere a contratação dos sistemas hospedados em nuvem. “Dos contratos que fechamos, 99% são para estruturas assim”, afirma.
A ACOM trabalha com o modelo SaaS (Software como Serviço). Com o novo data center, o tempo de processamento de documentos, relatórios, dados e outros comandos se acelerou entre três e cinco vezes. Ou, em outras palavras, o cliente vê diminuir nessa mesma proporção o tempo gasto com a operacionalização de sua gestão contábil, fiscal e financeira proporcionada pelas soluções da foodtech, conforme os resultados dos testes realizados pela ACOM.
Mas e a segurança? A resistência que antes havia com relação a sistemas em nuvem – uma sensação de que tudo poderia “deixar de existir” repentinamente – foi desconstruída, na medida em que se ampliou a compreensão desse modelo de infraestrutura. As organizações começam a perceber que é justamente o contrário: sistemas localmente instalados estão mais sujeitos a instabilidades e ameaças.
O CCO da ACOM explica: “A segurança se obtém com políticas de backup (cópias dos dados, armazenadas em locais distintos), com camadas de segurança como firewall, antivírus, bloqueios, e tudo isso está incluído em data center de sistemas em nuvem. Também há rotinas bem estruturadas, em que se garante não haver a perda de dados. O backup é feito várias vezes ao dia. Já em um sistema localmente instalado, dentro da empresa, isso nem sempre é possível e viável”.
Outro ganho com os sistemas de gestão em nuvem, sobre os localmente instalados, está a redução do capital investido. Ocorre que, em sistemas locais, a empresa precisa frequentemente investir em computadores, licenças de programas, em sua manutenção e atualização. “A organização investe pesado em máquinas, que logo depois ficam obsoletas. Usa por um tempo, depois tem de gastar de novo. No sistema em nuvem, não precisa comprar o software, nem a infraestrutura. Sem contar os níveis de segurança, já comentados”, assinala Ferreira.
Os usuários do sistema em nuvem acessam e operacionalizam tudo pela internet. Com a expansão da tecnologia 5G no horizonte, a tendência é que esse tipo de hospedagem se torne ainda mais atraente e difundida, aposta o executivo da ACOM Sistemas. “O mercado de players de hospedagem em nuvem vem crescendo, independentemente do 5G. Mas, com essa tecnologia, será possível, sim, dar um novo passo”, projeta.