A Secretaria Municipal de Educação, ciente do fenômeno Bullying, tem realizado estratégias pedagógicas, educacionais e lúdicas no combate à essa prática. Entre as ações da rede municipal com este foco está o Projeto Amigo Sim! Bullying Não!, já em andamento em 40 Emeiefs.
Na Emeief Prof. Celestino Bourroul, no Jardim Vila Rica, por exemplo, alunos da educação infantil se reúnem duas vezes por semana para debater o tema e participar de dinâmicas. “Temos reforçado essa importante temática, incluindo o debate nas aulas de Educação Física e também de Artes, o que tem nos trazido resultados bastante positivos pois trabalhamos esse conceito a partir do lúdico”, destaca a diretora Andreia da Silva Santos.
As boas atitudes e práticas do dia a dia são constantemente lembradas e mencionadas pelos participantes. “Aprendemos que gentileza gera gentileza. É nosso dever respeitar os colegas aqui na escola e lá fora também”, pontuou Ana Clara Oliveira, de seis anos, que participa ativamente dos debates.
Por meio de rodízio semanal, seguindo a ordem alfabética da chamada, os alunos recebem um crachá de “agente contra o bullying” para acompanhar o comportamento da sala. “Essa é uma missão importante porque temos que ir contra qualquer mau comportamento na sala e sempre ajudar nossos amigos com boas ações”, enfatiza a aluna Analu Ribeiro, de seis anos.
Mas não são só os alunos que estão envolvidos nessa missão. A sala conta com o reforço de um mascote: Gábi foi o nome escolhido pela turma da manhã, do 1° ano C. No contexto, o personagem participa da ação como um símbolo de conscientização e zeladoria para a boa convivência do grupo.
Além das rodas de conversa, os alunos exploram a quadra da escola para as dinâmicas. Para Carla Ulasowicz, professora de Educação Física da Emeief Prof. Celestino Bourroul, o conceito da modalidade esportiva agora está alinhado com uma proposta mais pedagógica para abordar temas emergentes, como o Bullying. “Trabalhamos de forma interdisciplinar em três dimensões, como procedimento, atitude e princípios. Com as atividades e dinâmicas conseguimos entender a percepção que os alunos podem trazer de fora para dentro da sala de aula”, conclui.