Com lançamento mundial previsto para o próximo dia 26 de junho, a plataforma de streaming Gallery Originals, que será lançada mundialmente, irá oferecer ao mercado um catálogo de produções próprias nas áreas de arquitetura, design e arte. A proposta do Gallery é constituir um acervo global, que possa fornecer um panorama com o que tem sido produzido de mais significativo, inovador e também original nessas áreas. Para a sua estreia, um dos lançamentos próprios mais aguardados é uma série de documentários que exploram de forma imersiva o processo criativo e a contribuição de arquitetos e criadores que se destacam por seus projetos autorais.
Seguindo o raciocínio de que a base da arquitetura está na compreensão do espaço bruto e envolve um desencadear de nuances a partir daí o documentário From the Ground Up – The Archtecture of Tetro acompanha o processo criativo do escritório baseado em Belo Horizonte (MG), conduzido pelos arquitetos Carlos Maia, Débora Mendes e Igor Macedo.
O registro revela os desafios e fatores limitantes enfrentados por esses profissionais a cada projeto. Um filme sensível e disruptivo ao abordar os desejos, os anseios e os dilemas que cada um deles passa, nesse limiar que existe entre a expansão artística e a razão oferecida pela arquitetura. Em seus 35 minutos de duração, From the Ground Up aflora, ainda, as dinâmicas desses profissionais, muitas vezes intimamente ligadas à arte. Arte que não é comum, não é replicável e traz, a cada projeto da Tetro, uma identidade sólida e única, como deve ser a boa arquitetura.
Além de mostrar alguns projetos da Tetro ainda em desenvolvimento, o documentário utiliza um já concluído – uma casa localizada em Nova Lima (MG), completamente mimetizada na natureza como eixo central da produção. Os depoimentos dos arquitetos, as atividades que eles desenvolvem dentro e fora do escritório para mergulhar na criação, a linha de pensamento e pesquisa investigativa feita coletivamente e também individualmente, a relação que eles têm com a música, tudo seduz e instiga o espectador. Há ainda os depoimentos de nomes como o professor Eduardo França e Sérgio Palhares que são utilizados como uma forma de validar, ou mesmo traduzir de forma clara e sucinta o que os olhos vêm e os ouvidos escutam, ao se assistir o documentário.
Ao ser questionado sobre o que considera como característica mais surpreendente observada durante o processo de pesquisa e filmagens, o diretor Augusto Custódio destaca o que pode ser percebido no filme: a capacidade que a Tetro possui de criar uma identidade própria, única para cada projeto. “Cada processo é completamente exclusivo desde a sua concepção, formas e linguagem arquitetônica. Eles trazem uma identidade baseada em múltiplas expressões e não na repetição de traços e formas pré-concebidas, que poderia lhes conferir uma assinatura. No caso deles, cada projeto é uma revolução dentro do escritório e nas cabeças desses profissionais. Ver isso acontecer é apaixonante”