Um mapeamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que o Brasil possui a população com maior predomínio de transtornos de ansiedade do mundo, situação que é capaz de desencadear várias doenças. Um exemplo dessa condição é a psoríase, uma patologia crônica e não contagiosa que atinge mais de 5 milhões de brasileiros, segundo a ONG Psoríase Brasil.
De acordo com o médico Antonio Lui, dermatologista do hospital Santa Casa de Mauá, as causas da psoríase não são totalmente conhecidas, mas sabe-se que está ligada à hereditariedade. “A ansiedade e o estresse são alterações emocionais que atingem o sistema imunológico, comprometem o sono e estão ligados à saúde da pele. Por essa razão, é importante mantê-los sob controle a fim de evitar uma série de problemas ligados ou não à psoríase”, orienta o especialista.
Outras situações que agravam a psoríase são os traumas cutâneos, irritações na pele, infecções e uso de alguns medicamentos e o principal sintoma da doença são as manchas vermelhas e grossas, que descamam e podem aparecer por todo o corpo e em qualquer idade.
Uma das complicações da doença é a artrite psoriásica. Por ser autoimune, o sistema imunológico enxerga o organismo como se ele fosse ameaça e passa a atingir os tendões, a coluna e as articulações, causando fortes dores e dificuldades de realizar alguns movimentos. Ela pode ou não aparecer antes das lesões da psoríase.
Geralmente esse tipo de artrite atinge os adultos com idade entre 30 e 50 anos, de ambos os sexos, e as pessoas brancas são as mais suscetíveis e a hereditariedade aqui também ocorre. A psoríase e a artrite psoriásica não têm cura, mas o tratamento oferece qualidade de vida ao paciente e sua indicação dependerá do desenvolvimento da doença, com períodos de remissão.
Para os casos de psoríase, o tratamento envolverá a aplicação de creme, pomada ou gel sobre as lesões, fototerapia, medicações orais e imunobiológicos, os quais inclusive fazem parte da lista de produtos de alto custo fornecidos pelo governo em casos graves da doença. Outras formas graves da doença também podem estar associadas à pressão arterial alta e obesidade.
“O acompanhamento multidisciplinar é muito importante, pois o preconceito com a doença leva muitos pacientes a se isolarem. Em razão da aparência, alguns desenvolvem problemas emocionais, depressão, ganho de peso e comprometem ainda mais a qualidade de vida. Por isso, é importante conscientizar a sociedade de que a doença não é contagiosa”, esclarece o médico dermatologista, Antonio Lui.
O Hospital Santa Casa de Mauá foi fundado há 55 anos e está localizado na Avenida Dom José Gaspar, 1.374 – Vila Assis – Mauá – tel. (11) 2198-8300. https://santacasamaua.org.br/