Nesta terceira edição, a iniciativa apresenta um mural sensorial assinado pelo artista Fernando Berg. Convidado para criar a obra desta terceira edição do projeto, o artista apresenta um retrato emocionante do tatu-canastra, o maior de todos os tatus, ameaçado de extinção pela perda de habitat, pela caça e pelos atropelamentos.
Na obra, o tatu-canastra surge como um símbolo de força, resiliência e equilíbrio ecológico. Berg nos transporta para o universo noturno desse animal, que passa os dias em suas tocas subterrâneas e emerge à noite para buscar alimento. A presença das delicadas flores de Alpínia Rosa, ou Gengibre Rosa, nas laterais do corpo do tatu-canastra, adiciona um toque de elegância e tropicalidade à obra. A escolha da planta, nativa da Malásia e do Pacífico Sul, nos convida a refletir sobre a conexão entre diferentes biomas e a capacidade de adaptação das espécies.
“Foi incrível poder representar o maior tatu do mundo e destacar sua importância no ecossistema”, conta Berg. “Ele é conhecido como o ‘engenheiro do ecossistema’ porque, ao abandonar suas tocas, outros animais passam a utilizá-las como abrigo. Isso me fez pensar na arte como algo que também acolhe e agrega inclusão.”
A obra conta com texturas tridimensionais, inscrições em braille e QR codes com audiodescrição, permitindo que pessoas com deficiência visual possam explorar os detalhes da arte por meio do tato e da audição.
O projeto é um marco na democratização do acesso à arte de rua, promovendo inclusão e consciência ambiental e reafirma seu compromisso com a acessibilidade e o direito universal à arte.
Uma iniciativa de arte, inclusão e educação ambiental!