À medida em que o cenário de diferentes tipos de negócios continua a evoluir no mundo, a habilidade de se comunicar e ter conhecimentos em inglês se torna uma competência muito requisitada para profissionais que buscam melhores oportunidades no mercado de trabalho. Segundo mostra uma pesquisa da Page Personnel, 60% das vagas ofertadas no Brasil pedem fluência no inglês.
No entanto, como a empresa pode avaliar o nível de inglês de um candidato? Como definir a profundidade de conhecimento do idioma para uma vaga específica? Além disso, como o candidato sabe se possui inglês fluente, avançado ou intermediário? Profissionais com essa skill ganham destaque em meio às seleções, já que essa competência é um diferencial no dia a dia para se comunicar com clientes e times.
Nesse sentido, Carla D’Elia, especialista em Business English e fundadora da SaveMeTeacher, que oferece cursos de inglês focados no ambiente de trabalho, destaca a crescente e o que as organizações esperam quando o assunto é o inglês no trabalho. “Muitas empresas operam em escala global, interagindo com parceiros, clientes e colegas de equipe em diferentes partes do mundo. Nesse contexto, a fluência em inglês não é apenas uma vantagem, mas muitas vezes uma exigência. O idioma é a língua franca dos negócios internacionais, e as instituições esperam que seus colaboradores possam se expressar de maneira clara e persuasiva, independentemente do nível hierárquico”, destaca Carla.
Os diferentes níveis da fluência em inglês
A especialista indica que, no nível intermediário do inglês, a pessoa possui a habilidade de se comunicar com independência sobre assuntos familiares e de seu interesse. Portanto, se o aluno está nessa faixa de conhecimento e estuda Business English, ele terá mais condições de se comunicar em contextos profissionais como reuniões, apresentações, e-mails, eventos etc.
No inglês avançado, pressupõe-se que o profissional já é fluente e quer aprofundar o conhecimento. Por isso, nesse nível ele aprende uma linguagem mais sofisticada, permitindo que os profissionais expressem ideias complexas e utilizem um vocabulário mais amplo.
Ser fluente em inglês, ao contrário do que muitos acham, não é falar com “perfeição”, mas sim conseguir se expressar e fluir no idioma mesmo cometendo um ou outro deslize. Com isso, a comunicação mais natural pode destacar os profissionais como líderes em potencial, permitindo-lhes participar ativamente em discussões estratégicas, apresentações e negociações. O vasto vocabulário e o entendimento aprofundado facilitam a adaptação a ambientes de negócios internacionais, elevando o status profissional.
Porém, Carla destaca que independentemente do nível de inglês, é importante que o candidato desenvolva segurança durante o estudo, pois, assim, o profissional conseguirá se comunicar de forma objetiva mesmo se estiver nervoso, inclusive em entrevistas de emprego. O treino diário pode contribuir para acabar com o nervosismo, mas a especialista reforça que o futuro funcionário deve desapegar do perfeccionismo em relação ao idioma, já que o mais importante é fazer o trabalho acontecer.
“Costumo sempre dizer aos alunos e profissionais que está tudo bem não falar como um nativo, pois temos sotaques e culturas diferentes. Tento, ao máximo, prepará-los para o mercado de acordo com a realidade de cada um, sempre orientando que o mais importante não é falar perfeitamente, mas se comunicar de forma clara. Essa é a maneira que encontrei de encorajá-los. Também, sempre que posso, ressalto que é importante aprimorar os conhecimentos e habilidades, independentemente do nível do inglês e que a partir do intermediário é possível se candidatar em vagas que exigem o idioma”, explica Carla.
Vale destacar que o inglês é uma habilidade linguística, mas também uma ferramenta para construir relações interpessoais e promover a compreensão cultural. Profissionais que investem no aprimoramento da língua estão melhor preparados para colaborar em equipes diversificadas, participar de reuniões internacionais, negociar acordos comerciais etc.