Apesar do termo biofilia ser descrito nos anos 80 pelo biólogo americano Edward Osborne Wilson, como “amor às coisas vivas”, é na atualidade que ele começa a ganhar força e sentido no cotidiano dos brasileiros.
Trazer a natureza para dentro dos ambientes tem sido um recurso bastante utilizado desde o início da pandemia do novo coronavírus, na busca por espaços mais aconchegantes e de bem-estar, promovendo a saúde mental. Estudos apontam que estar perto de elementos naturais traz benefícios, como redução na pressão arterial, estresse e ansiedade, além de estímulos à criatividade e concentração.
Um exemplo vem do Global Impact of Biophilic Design in the Workplace, estudo desenvolvido pela Interface com a análise de 7.600 postos de trabalhos em 16 países. Os resultados mostram que a biofilia em ambientes de escritório aumenta em cerca de 6% a produtividade, 15% a sensação de bem-estar dos ocupantes e 15% a criatividade.
E qual é o caminho para alcançar essa conexão com a natureza nos espaços construídos? A resposta é dispor elementos como a água, vegetação, luz natural, pedras e madeira. A arquiteta do Grupo A.Yoshii, Ana Paula Pimentel, dá mais algumas dicas para incluir a biofilia. “Também podemos utilizar formas e silhuetas botânicas no lugar das linhas retas e ainda, estabelecer relações visuais entre a luz e as sombras. Existem várias maneiras de fazer essa integração no design biofílico, mas acredito que as soluções mais acessíveis seriam o uso da vegetação e da madeira, que é um material natural e versátil”, aponta.
Os empreendimentos da Construtora A.Yoshii têm sido uma fonte de inspiração ao criar espaços com o máximo de aproveitamento da luz e ventilação natural, vistas privilegiadas para áreas verdes, sofisticação nas áreas de lazer em harmonia com a vegetação e a presença marcante da madeira nos espaços internos.
Fachada e jardins
O encontro com a natureza é uma das essências no lançamento da A.Yoshii, em Curitiba (PR). Com uma fachada valorizada pelo verde, o Quintessence é um exemplo de como a biofilia pode ser explorada ao longo de todo edifício. No interior, o projeto arquitetônico também priorizou o melhor aproveitamento da luz e ventilação natural.
No Harmonie, em Campinas (SP), o conceito de biofilia é predominante nas áreas livres de convivência. O espaço de coworking e salas de reuniões dão acesso aos jardins externos, composto por plantas nativas e escultóricas, e plantas frutíferas, como pitanga e jabuticaba.
“Permanecendo mais tempo em casa, as pessoas estão tendo novos olhares para as formas de habitar esses espaços. Quem, por exemplo, não conhece alguém que passou a valorizar plantas e hortas, inclusive no cultivo de espécies frutíferas? No jardim ou dentro de casa, a presença da vegetação se tornou indispensável”, afirma a arquiteta.
Madeiras e lazer ao ar livre
No uso da madeira, o apartamento decorado do Landscape, empreendimento de alto padrão em Maringá (PR), é uma ótima experiência com o elemento natural compondo os espaços privativos. “Além da beleza estética, a madeira proporciona uma sensação de acolhimento e aconchego – assim como dá mais amplitude aos ambientes, especialmente na tonalidade mais clara”, completa Ana Paula.
No Terrazza di Rimini, lançamento no Bela Suíça, em Londrina (PR), a madeira é marcante também nos revestimentos dos quartos e da sala de estar. A localização próxima a parques e ao Lago Igapó é mais um diferencial, assim como os espaços ao ar livre nas áreas de lazer, integrando o empreendimento à natureza e fazendo um convite para o descanso e outdoor training.