Criado em 2002 pelo artista Fabio Delduque, o jornalista Marcelo Delduque e o empresário e chef de cozinha Carlão de Oliveira (proprietário da cachaça Busca Vida), o Festival Arte Serrinha chega à sua 20ª edição entre 09 e 30 de julho de 2022. Depois de dois anos de pandemia, o evento de arte, música, teatro, cinema, moda, gastronomia e sustentabilidade está de volta ao seu formato original na Fazenda Serrinha, em Bragança Paulista (90 km de São Paulo) e, pela primeira vez, ocupa também o Parque Natural Arte Serrinha, inaugurado no final do ano passado.
Com o tema “Brasis”, a edição celebra toda a pluralidade cultural de nosso país continental, além de sua rica biodiversidade. Durante cinco anos, um grupo formado por dez artistas participou da “Expedição da Serrinha”, pesquisando a cultura e as tradições populares por quatros estados brasileiros. O resultado desta jornada será apresentado em uma exposição e em diferentes atrações da programação deste ano.
“Um país com identidade ainda em construção precisa desses momentos de respiro, de aprendizado e expansão criativa, que podem ser potencializadas em um festival de arte contemporânea livre. Vamos mergulhar nesses ‘Brasis’ e na profundidade da nossa alma para descobrir a verdadeira essência cultural brasileira no mundo de hoje”, diz o diretor artístico Fabio Delduque.
INSCRIÇÕES ABERTAS PARA AS OFICINAS
O Festival Arte Serrinha abre na próxima segunda-feira, dia 23 de maio, as inscrições para as oficinas multiculturais de sua 20ª edição, que serão comandadas por nomes como Bené Fonteles, Benjamin Taubkin, Dudi Maia Rosa, Luiz Braga, Neka Menna Barreto e Ronaldo Fraga. Reservas e informações pelo telefone (11) 999031818 ou e-mail contato.arte.serrinha@gmail.com. Veja abaixo a programação completa de oficinas, com sinopses, biografias, número de vagas e valores.
OFICINAS NA FAZENDA SERRINHA
11 a 15 de julho
Pascoal da Conceição – Teatro: “Embora Seja Loucura Tem seu Método”
Vagas: 15 | Horário: 15h às 18h |Valor: R$ 250
Pré-requisito: ter alguma experiência em teatro
No texto está tudo o que é preciso para sua interpretação? Que trilhas percorrer do texto até chegar à cena? Nesta oficina, Pascoal da Conceição analisa, em especial, a interpretação do texto e a criação do personagem a partir da leitura de trechos da peça “A Visita da Velha Senhora” (1956), do dramaturgo suíço Friedrich Dürrenmatt, que entrelaça cenas repletas de humor e ironia, com personagens que escancaram a fragilidade humana diante do grande regente de nossas vidas: o dinheiro.
* Pascoal da Conceição – Em 2022, completa 50 anos de carreira no teatro, televisão e cinema. É ator, locutor, dublador, produtor e diretor teatral. Sua vida artística está ligada, principalmente, ao teatro, onde, desde 1972, atuou e atua em inúmeros espetáculos, muitos deles sucesso de público. É conhecido por papéis na televisão como o do vilão Dr. Abobrinha na série “Castelo Rá-Tim-Bum” e Mário de Andrade, a quem deu vida nas minisséries da Rede Globo “Um Só Coração” e “JK”.
11 a 16 de julho
Dudi Maia Rosa – Aquarela e Desenho
Vagas: 15 | Horário: 10h às 18h | Valor: R$ 400
Material proposto: papel A3, lápis 6B, aquarela e pincel (devem ser levados pelos participantes)
A oficina tem como objetivo estabelecer um diálogo entre a aquarela e o desenho a partir de exercícios introduzidos a cada aula. A proposta é abrir um espaço dinâmico e vivo para a discussão da produção individual ao abordar questões como estrutura e experimentação.
* Dudi Maia Rosa – Nasceu na cidade de São Paulo em 1946. Teve sua formação inicial ligada ao artista Wesley Duke Lee e ao contexto da Escola Brasil na década de 1970, experiência que inicia sua intensa atividade didática como professor de desenho, pintura, aquarela e monotipia na própria Escola Brasil e, nas décadas seguintes, em instituições como Sesc, MAM-SP e Instituto Tomie Ohtake. Mantém atualmente contínua participação em debates, palestras e variadas oficinas. Possui obras em diversas coleções, como as da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Coleção Arte Contemporânea no Acervo Municipal-CCSP, MASP, MAM Rio, MAM-SP, MAC USP, MARGS, MACRS, Coleção Itaú, Coleção Metrópolis, Instituto Figueiredo Ferraz (Ribeirão Preto, SP), Stedelijk Museum (Amsterdã) e Pinault Collection (Paris). Em 2006, foi lançado o livro intitulado “Dudi Maia Rosa e as Mortes da Pintura”, de autoria de Oswaldo Corrêa da Costa, e editado pela Metalivros em inglês e português.
Bené Fonteles e Lucina: OcaTaperaTerreiro II
Vagas: 20 | Horário: 10h às 18h | Valor: R$ 300
A oficina propõe transformar/transmutar o espaço da Oca Xinguana da Fazenda Serrinha em uma OcaTaperaTerreiro para experimentar as possibilidades de vários sentidos dos diversos Brasis que nos habitam. Em meio à pandemia e à distopia que nos envolve, queremos vislumbrar um país, um não lugar da utopia onde se possa ser mais do que Ter e construir um espaço para alumbrar o Sonho.
A Oca Xinguana foi construída como parte da proposta de residência artística de Bené Fonteles realizada no Festival Arte Serrinha de 2015 e remete à memória dos primeiros povos que habitaram o Brasil. Sua estrutura é feita de toras de eucalipto e palha de sapé retiradas da própria Fazenda e presas com cordas de sisal. Sua construção levou 40 dias e foi realizada por um mutirão que incluía indígenas do Alto Xingu com orientação de Wally Kamaiura Amarü. Desde então, este símbolo da ancestralidade brasileira é sede de encontros e rituais e nos convida à constante reflexão sobre as ameaças à vida dos povos indígenas que têm se acirrado nos dias de hoje. No período da oficina, Bené e Lucina – que lançaram em 2019 o álbum em parceria “Canções para Pescar Almas” – farão um recital no Ateliê da Fazenda Serrinha.
* Bené Fonteles – Nasceu em Bragança, Pará, em 1953. É artista plástico, jornalista, editor, escritor, poeta e compositor. A militância ecológica é um traço marcante de sua produção, baseada em especial em materiais pouco trabalhados pelo homem, como pedras, troncos, cordas, tecidos rústicos e arames. O artista já participou de cinco edições da Bienal de São Paulo e suas obras integram acervos de museus de arte moderna de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Nova York e Paris. Tem 16 livros publicados sobre cultura e arte do Brasil. Coordena, desde a década de 1980, o Movimento Artistas pela Natureza.
* Lucina Carvalho – É compositora, cantora e instrumentista, tendo forte vínculo com a ecologia e com a questão de gênero quando essas bandeiras nem estavam hasteadas. Teve canções gravadas por Ney Matogrosso, Zélia Duncan, Nana Caymmi, Joyce Moreno e muitos outros. Artista pioneira no cenário musical independente brasileiro, tem oito álbuns lançados em sua carreira solo. Fez parte da dupla Luli e Lucina, que registrou sua obra em sete álbuns, além do documentário “Yorimatã”, vencedor da edição de 2015 do In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical. Seus últimos projetos presenciais foram o Sonora Brasil (Sesc), que rodou 42 cidades brasileiras, além do lançamento nacional do álbum “Canções para Pescar Almas”.
18 a 23 de julho
Ronaldo Fraga: Turista Aprendiz, apresentando uma coleção de moda
Vagas: 20 | Horário: 10h às 18h | Valor: R$ 400
Pré-requisito: ter conhecimento de costura, desenho ou ser estudante de moda
Esta oficina de uma semana aborda todas as fases da apresentação de uma coleção, desde a conceituação, o desenho e a criação das roupas até a maneira de expor todas as peças em um desfile. Serão experimentados, na prática, os bastidores da moda, incluindo o trabalho do stylist, casting, maquiagem, seleção de trilha sonora, cenografia, coreografia e tudo mais que é necessário para apresentar uma coleção ao público.
* Ronaldo Fraga – Formado em moda pelo curso de estilismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pós-graduado pela Parsons School of Design, Nova York, além de ter realizado curso na Central Saint Martins, Londres, Ronaldo Fraga é reconhecido pela imprensa brasileira como um dos principais estilistas no que se refere à moda com DNA brasileiro. Seus desfiles estabelecem um diálogo entre a cultura brasileira e o mundo contemporâneo, abordando temas do cotidiano do país, bem como de sua história. Além da marca homônima, ele desenvolve projetos em diferentes regiões do Brasil. Esses projetos lhe conferiram prêmios como Faz Diferença, do jornal O Globo, Trip Transformadores e duas vezes o Prêmio Planeta Casa, da Editora Abril, que reconhece os designers que aplicam práticas sustentáveis no desenvolvimento de suas peças. Suas criações já ultrapassaram os limites das passarelas e são vistas em exposições, filmes e livros e foram apresentadas em países como Japão, Holanda, Espanha, Bélgica, Chile, Argentina e México. É autor do livro “Moda, Roupa e Tempo: Drummond Selecionado e Ilustrado por Ronaldo Fraga” e “Caderno de Roupas, Memórias e Croquis”. Foi selecionado pelo Design Museum, de Londres, como um dos sete estilistas mais inovadores do mundo para a exposição Design of the Year 2014. Foi o grande homenageado do Press Awards 2018, em Fort Lauderdale, na Flórida.
Haroldo Alves – Expressão Corporal
Vagas: 20 | Horário: 10h às 18 h | Valor: R$ 300
Esta oficina busca preparar os participantes para questões relativas à expressão corporal e criação espontânea. É importante salientar que a linguagem corporal é a forma que o corpo encontra para expressar emoções interiores. Ao descobrirmos novas formas de expressão corporal, as emoções se multiplicam e isso possibilita melhorar a atuação profissional e, acima de tudo, potencializar as qualidades individuais e a criatividade. Os exercícios propostos englobarão concentração, noção do espaço, ritmo, equilíbrio, criação espontânea, expressão corporal e relaxamento.
Alguns objetivos da oficina: trabalhar o processo gradativo de desinibição dos participantes em relação à linguagem corporal; desenvolver, através de exercícios, a sensibilidade corporal, aproveitando as potencialidades de cada um, visando aumentar sua prontidão para participar dos processos de criação; buscar na linguagem corporal algo que manifeste seus sentimentos mais profundos e também os mais rasos, aqueles que necessitam se expressar; a proposta é que cada movimento criado seja único e repetidamente utilizado com diferentes emoções, gerando, assim, descobertas corporais potentes.
* Haroldo Alves – É mineiro, bailarino, professor de expressão corporal e produtor artístico. Vivenciou sua primeira experiência artística participando do corpo de baile da Academia Internacional de Dança em Belo Horizonte na década de 1980. Com a coreógrafa Marlene Silva e o músico senegalês Mamour Ba, desenvolveu pesquisas de ritmos e obteve sua formação em dança afro. Trabalhou com Takau Kusuno, uma referência da dança butô no Brasil, na montagem de espetáculos de dança-teatro como “Cataventos” e “O Olho do Tamanduá”, juntamente com o bailarino Denilto Gomes. Foi responsável pela preparação corporal e coreografia do espetáculo “Os Sertões”, dirigido por José Celso Martinez Corrêa no Teatro Oficina. No teatro, assinou a preparação corporal do elenco da ópera “Carmen”, dirigida por Bibi Ferreira, apresentada no Palácio das Artes (Belo Horizonte). Coordenou e atuou em desfiles do estilista Ronaldo Fraga e eventos como BH Fashion Week. Atualmente, faz parte da equipe da H4 Produtora, sendo responsável pela produção de elenco e direção de cena para campanhas publicitárias.
19 a 23 de julho
Benjamin Taubkin, Guilherme Kastrupp, Paulo Santos, Carol d’Ávila e Meno del Picchia – Residência Musical
Vagas: 20 | Horário: 10h às 12h | Valor: R$ 250
Pré-requisito: ter iniciação em música e o seu instrumento musical próprio.
A residência musical desta edição de 2022 quer lidar com os desafios ambientais e sociopolíticos ligados às diferentes realidades do nosso tempo, apostando na criação de formas conscientes e explícitas de experiências e vivências como possível alternativa ao desmonte que vemos acontecer no Brasil.
Serão cinco músicos – Benjamim Taubkin (piano e teclado), Paulo Santos e Guilherme Kastrup (percussão e bateria), Meno Del Picchia (contrabaixo) e Carol D’Avila (flauta e sax) – criando em tempo real e em constante diálogo com artistas de outras áreas de expressão, como cinema, fotografia, artes visuais e moda.
Cada instrumentista falará sobre um aspecto do processo musical e compartilhará sua experiência com os alunos, que poderão abordar seus instrumentos e a forma como veem e constroem sua música.
* Benjamim Taubkin – A música brasileira e seu diálogo com as outras culturas vêm sendo o campo de atividade deste pianista, arranjador, compositor e produtor que já participou de mais de 150 álbuns. É responsável pela gravadora, produtora e centro cultural Núcleo Contemporâneo (SP). Já iniciou diferentes projetos musicais, como a Orquestra Popular de Câmara; o conjunto de choro Moderna Tradição, o trabalho com o grupo de música tradicional Clareira, o quarteto de jazz Trio + 1 e o coletivo América Contemporânea, que reúne músicos e repertório de países da América do Sul. Vem colaborando com músicos de diversos países, como Marrocos, Coreia do Sul, África do Sul, Índia, Israel, Espanha, Argentina e Colômbia. Criou diversas trilhas para documentários, entre as quais “Eu Maior”, “Cravos” e “Genesis”, material educativo realizado em parceria com Sebastião Salgado. É membro do Fórum Europeu de Festivais de Música do Mundo e da Asociación para el Desarrollo de la Industria de la Música Iberoamericana.
* Carol D’Avila – Flautista, saxofonista, compositora e mineira da cidade de Ubá, onde nasceu em berço musical. A artista tem mais de vinte anos de carreira e uma história de 12 anos como integrante do Itiberê Zwarg & Grupo.
* Guilherme Kastrup – Guilherme Kastrup, criador e produtor musical do premiado álbum “A Mulher do Fim do Mundo”, de Elza Soares, resume aos espectadores aspectos técnicos e estético para a criação de um álbum, incluindo pré-produção (escolha de repertório, instrumentação, estúdios, ensaios e arranjos), captação/gravação (acústica, microfonação, pré-amplificadores, interfaces e programas de gravação analógico e digital), pós-produção (escolha de takes, edição e afinação) e finalização (mixagem e masterização).
* Meno Del Picchia – Músico e antropólogo, seu trabalho atravessa o universo sonoro pela arte, pesquisa acadêmica e produção musical. Em 2020, lançou seu quarto disco solo, “Pele de Água”, e teve seu documentário musical “Crie Seu Espaço” veiculado na programação do Canal Arte 1. Como instrumentista, também integra os projetos de Otto e Ana Cañas e já tocou com artistas como Karina Buhr, Tulipa Ruiz, Alessandra Leão, Bocato, Diddier Lockwood, Mc Sombra e Metá Metá. Durante a residência de música, Meno propõe o tema “Discos e artistas em ação”, uma análise dos modos contemporâneos de produção de disco sob uma perspectiva etnográfica, discutindo as dinâmicas criativas de músicos da cena brasileira dentro de estúdio.
* Paulo Santos – Músico, multi-instrumentista e cofundador do gupo de música instrumental Uakti, lançou em março de 2022 o álbum “Chama” (Selo Sesc), no qual toca todos os instrumentos, que vão da tabla indiana ao uso de samplers e texturas digitais, em uma união do acústico e o digital. Durante a residência, o músico aborda sua trajetória de 37 anos junto ao Uakti, o desenvolvimento de técnicas para tocar instrumentos não convencionais, trilhas e trabalhos solo atuais.
20 a 23 de julho
Luiz Braga: Imersão criativa na fotografia
Vagas: 12 | Horário: 15h às 18h Valor: R$ 300
Pré-requisito: possuir equipamento fotográfico e conhecimento de técnica e linguagem fotográfica e, preferencialmente, ter notebook para baixar e editar os trabalhos produzidos.
A oficina tem início com uma apresentação comentada sobre fotografia autoral, com trabalhos do próprio Luiz Braga e de outros fotógrafos de referência. Em seguida, haverá uma avaliação individual dos portfólios dos participantes e serão definidos os temas para a realização de um ensaio fotográfico. Em um dia livre, cada aluno poderá fotografar e caminhar pela Serrinha procurando seus temas de interesse e paisagens. Será feita uma edição final dos trabalhos dos participantes com avaliação geral e projeção dos selecionados.
* Luiz Braga – Nasceu em 1956 em Belém, Pará, onde vive e trabalha. Arquiteto de formação, fotografa desde 1975. Foi em 1981 que descobriu as cores vibrantes da cultura popular da Amazônia e, desde então, vem consolidando uma obra profunda sobre o universo caboclo, passando ao largo dos estereótipos e cuja técnica em cores é referência na fotografia brasileira contemporânea. Realizou mais de 200 exposições coletivas e individuais, no Brasil e no exterior, incluindo a 53ª Bienal de Veneza, na Itália. Suas obras estão presentes em importantes acervos públicos e privados.
25 a 30 de julho
Gus Guimarães e Macau Amaral: TV Arte Serrinha: Do Analógico ao Digital
Vagas: 15 | Horário: 10h às 18h | Valor: R$ 350
Pré-requisito: equipamentos para produção de áudio e vídeo, como câmera digital ou celular e notebooks, são bem-vindos para o uso próprio.
Esta edição do Festival abre espaço para quem faz ou quer fazer TV com arte. A oficina pretende dar noções básicas sobre a criação de um canal de TV, como funciona uma emissora e a evolução da radiodifusão até os canais digitais nas redes. Os profissionais da indústria criativa Gustavo Guimarães e macaU Amaral irão conduzir o exercício que colocará no ar vídeos da TV Arte Serrinha. A oficina passa pela conceitualização do canal Arte Serrinha, seus objetivos, conteúdos, embalagem gráfica e visual etc. E, ainda, abrange os princípios básicos de como fazer TV: roteiro, captação, edição e exibição.
* Gustavo Guimarães – É diretor e produtor de TV. Trabalha na indústria criativa há mais de 30 anos, cobrindo todo o arco do audiovisual, do roteiro à finalização. Já passou pela MTV Brasil e Discovery Latin America, além de realizar projetos para Nickelodeon, VH1, entre outros canais. Dirigiu videoclipes para artistas como Vanessa da Mata, Cibelle e Bárbara Eugênia. Foi um dos criadores da série de humor cult “Hermes e Renato”. Dirige atualmente o estúdio criativo Galante, focado em instituições de arte, campanhas de ativismo, meio ambiente e minidocumentários.
* macaU Amaral – É um artista multidisciplinar. Cria, produz e dirige projetos de conteúdo e storytelling para digital e TV, como MTV Brasil, Globo, Fox e Food Network. Os anos de experiência no showbizz colocou macaU em contato direto com os maiores talentos da comunicação e da música brasileira. O convívio com diversas equipes e grandes empresas fez o perfeccionismo do diretor ser reconhecido no meio artístico. macaU combina o rigor técnico com o improviso prático na liderança de projetos audiovisuais. Sua expertise como montador, fotógrafo, produtor e finalizador o deixa à vontade para tomar decisões estratégicas nas diversas fases de um projeto com segurança em ralação às implicações de custos e benefícios logísticos. macaU também é músico e produtor musical. Como locutor profissional, foi a voz da MTV Brasil, do Canal Off e da Loading.
Ana Maria Tavares – Segredo das Águas
Vagas: 15 | Valor: R$ 400
Inspirada no projeto Secrets of the Waters, realizado na Holanda, em 2008, esta oficina propõe o desenvolvimento de projetos individuais e coletivos voltados ao estudo das nascentes da região da Fazenda Serrinha. A partir dos conhecimentos da radiestesia e da geologia e do uso do texto, serão explorados a riqueza do solo da região, suas nascentes e os eixos magnéticos, a fim de gerar propostas artísticas como formas rituais de celebração dos eventos e forças não visíveis da natureza. A proposta visa também questionar a tradição da escultura pública e as especificidades do lugar e do tempo a partir de uma perspectiva não autoritária e horizontal de atuação na paisagem. O uso do texto e da oralidade como elemento do trabalho favorecerá a exploração de linguagens expandidas e combinadas, tais como as artes gráficas, a criação de sonoridades específicas e a imagem em movimento. Para tal, serão buscadas referências nos pertencimentos pessoais e nas tradições rituais, associadas às questões urgentes da atualidade no que tange à relação do homem com a natureza.
Nasceu em Belo Horizonte, MG, em 1958. Bacharel em Artes Plásticas pela FAAP, (1978-1982), mestre pela School of the Art Institute of Chicago (1984-1986) e doutora pela Universidade de São Paulo (1995-2000). Contemplada com as bolsas de pesquisa Guggenheim Foundation (Nova York, 2001); Ida Ely Rubin Artist-in-Residence no MIT (Massachusetts, 2007); e Lynette S. Autrey Visiting Scholars da Rice University (Houston, 2014). Pesquisadora e docente em artes desde 1982, atuou na ECA-USP entre 1993 e 2017, onde atualmente colabora no Programa de Pós-Graduação. Sua primeira exposição em 1982 marcou o início de sua trajetória de exposições no Brasil e no exterior, que incluem quatro edições da Bienal de São Paulo (1983, 1987, 1991 e 2000), a VII Bienal de Havana (2000), a Bienal de Pontevedra (2000), a Bienal de Istambul (2001) e a Bienal de Cingapura (2006). Em 2016, sua individual “No Lugar Mesmo: Uma Antologia de Ana Maria Tavares”, exibida na Pinacoteca de São Paulo, ganhou o prêmio APCA Melhor Retrospectiva.
27 a 29 de julho
Diógenes Moura – Literatura: Odeio Oficinas. Odeio Workshops. Odeio Vivências.
Vagas: 15 | Horário: 17h30 às 20h30 | Valor: R$ 200
A literatura ganha espaço na edição de 2022 do Festival Arte Serrinha nesta oficina que já traz em seu título o tom provocador da proposta. A cada dia, um texto diferente de Diógenes Moura será a base para lançar temas e provocar afecções – como existência, abismo, imagem e abandono – que despertem a escrita criativa e ampliem o modo de “ver” e “enxergar” o mundo dos participantes.
* Diógenes Moura – É escritor, curador de fotografia, roteirista e editor. Nasceu em Recife, Pernambuco. Morou durante 17 anos em Salvador, Bahia. Desde 1989, vive em São Paulo. Lançou, em 2021, o romance “Vazão 10.8: A Última Gota de Morfina (Vento Leste). Em dezembro de 2020, publicou “O Antiacarajé Atômico” (Selo Exu de Dentro). Com “O Livro dos Monólogos: Recuperação para Ouvir Objetos” (Vento Leste, 2018), foi semifinalista do Prêmio Oceanos 2019. Com “Ficção Interrompida: Uma Caixa de Curtas” (Ateliê Editorial, 2010), recebeu o Prêmio APCA de melhor livro de contos. No ano seguinte, foi finalista do Prêmio Jabuti na mesma categoria. Premiado no Brasil e exterior, foi curador de fotografia da Pinacoteca de São Paulo entre 1999 e 2013, período em que editou mais de 100 publicações sobre fotografia e sua profunda ligação com a literatura. Recebeu mais um Prêmio APCA pela exposição “Terra em Transe” (Museu Afro Brasil, 2021-2022), que reuniu cerca de 600 imagens de 60 fotógrafos brasileiros.
28 a 30 de julho
Neka Menna Barreto – Gastronomia
Vagas: 20 | Horário: 10h às 18h | Valor: R$ 300
Neka Menna Barreto traz consigo um mundo de possibilidades quando se pensa em saúde e alimentação, usando a criatividade como fiel parceira para desbravar o universo gastronômico com liberdade, saudação e profundidade. Durante os três dias de encontro, elementos do reino vegetal disponíveis para coleta e consumo na época em que acontece o Festival serão trabalhados por meio do fogo, ar, calor, vapor e fermentação até virar um banquete desenhado a muitas mãos.
* Neka Menna Barreto – Começou a fazer jantares em 1986 e, hoje, eles já somam mais de 5500, dos quais se destacam o evento para mais de 1.500 pessoas em Davos, na Suíça, para o Fórum Econômico Mundial, o restaurante da Bienal de São Paulo em 2015 em parceria com o artista Jorge Menna Barreto, a apresentação do banquete Plant Based em 2017 na Serpentine Gallery, em Londres, e o coquetel baseado na obra da artista sérvia Marina Abramovic, além de duas edições do Festival Arte Serrinha (2004 e 2017) e também da expedição da Serrinha por quatro estados do Brasil. É chef e sócia da Neka Gastronomia, empresa que tem o propósito de despertar as pessoas pelo apetite com diferentes sabores, valorizando a biodiversidade e a agroecologia.
OFICINAS NOS BAIRROS DA SERRINHA E ÁGUA COMPRIDA
18, 20 e 22 de julho
Chico Terra – paisagismo regenerativo na Escola Bruno Florenzano
Vagas: 15 alunos da Escola Prof. Bruno Florenzano | Valor: gratuito
Esta oficina mescla a paisagem à vida: como preparar uma terra para plantar hortas, frutas e flores juntas no mesmo espaço? O aspecto natural será abordado através da prática de plantio combinando plantas ornamentais e alimentícias (frutíferas, hortícolas, grãos, medicinais e aromáticas).
Chico Terra é engenheiro agrônomo desde 2005 e vem atuando como extensionista rural na região bragantina com projetos agroecológicos, implantação e manutenção de agricultura orgânica e sistemas agroflorestais (SAF), conjugando esses trabalhos com paisagismos regenerativos, preservação e conservação do meio ambiente. É professor do curso de Engenharia Agronômica da FESB – Fundação de Ensino Superior de Bragança. Tem em mente que: “a gente tem que ter um pé na terra, a mão e o coração também pra entender a nossa grande mãe”.
11 a 16 de julho
Pat Rigon – Oficina de Grafite
Vagas: 15 alunos da Escola Prof. Bruno Florenzano | Valor: gratuito
Esta oficina oferece noções básicas da técnica do grafite, que utiliza o desenho/projeção em grande escala, a pintura com spray e diferentes caps (bicos). A oficina será encerrada com a produção de uma obra coletiva, colocando em diálogo a arte dita urbana com as paisagens naturais da Fazenda Serrinha.
Pati Rigon – Trabalha com pintura, ilustração, grafite, performance e tatuagem e navega por diversas áreas, de comerciais publicitários a desfiles de moda, de curtas-metragens a projetos de design, de performances à arte urbana, como em seu mural de 14 andares no centro de São Paulo em homenagem à luta LGBTQI+ e à resistência de pessoas trans no Brasil. Formou-se em Design pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pela Politécnica de Turim, Itália. Iniciou sua carreira nas artes plásticas em 2015, tendo sua primeira exposição de pinturas a óleo hiper-realistas, intitulada “Pele Agridoce”, sido realizada em Porto Alegre, na Galeria Península. No mesmo ano, teve início sua carreira como modelo, aparecendo em comerciais publicitários, editoriais de moda e passarelas do SPFW. Depois disso, fez parte de diversas outras exposições, ações e salões de arte, nacionais e internacionais, solos e coletivos.
28 a 30 de julho
Elisa Stecca – Adornos e Objetos: Construção de Sonhos
Vagas: 15 participantes do projeto Rota das Artes Serrinha | Valor: gratuito
Sonhos distantes e ideias aparentemente absurdas podem, sim, ser transformados em adornos e objetos. Essa é a proposta da artista e estilista Elisa Stecca. Dê uma pausa nas telas do computador e celular e venha experimentar a arte inserida em seu cotidiano, utilizando materiais em composições improváveis e muita criatividade para transformar suas ideias em realidade.
* Elisa Tecca – É artista, com licenciatura plena em Artes Plásticas pela FAAP. Além de utilizar diferentes mídias em seu trabalho plástico, desenvolve a joalheria de artista há quase três décadas. Foi editora de moda da revista Vogue e atuou como estilista. É autora dos livros “Hoje é o Dia Mais Feliz da Sua Vida” e “Pergunte ao Oráculo” e apresentou o quadro de manualidades no programa Lar Express no canal Bem Simples.
20º FESTIVAL ARTE SERRINHA
De 09 a 30 de julho de 2022
Fazenda Serrinha e Parque Natural Arte Serrinha – Bragança Paulista (SP)
Inscrições e informações das oficinas: (11) 999031818 e
contato.arte.serrinha@gmail.com
Site: www.arteserrinha.com.br
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