De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) é apontado que o câncer de mama é a segunda doença mais incidente nas mulheres no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não melanoma, sendo também o principal tipo cancerígeno relacionado à mortalidade feminina. De acordo com os dados, 73.610 novos casos podem ocorrer em 2023. O que poucos sabem é que uma alimentação saudável ao longo da vida pode, claro, reduzir as chances de surgimento de diversas doenças, dentre elas, o câncer de mama.
Diante desse cenário, é de extrema importância levar informação nutricional ao maior número possível de mulheres. Como marca referência em saudabilidade, Jasmine Alimentos traz conteúdo com dicas fundamentais tanto para quem busca a prevenção quanto para quem está em fase de tratamento do câncer de mama.
Fatores de risco e prevenção
O estilo de vida sedentário, bastante comum nos dias atuais, é um dos principais fatores de risco, o que leva ao sobrepeso. “O excesso de peso cria um ambiente mais inflamatório, que pode prejudicar o sistema de defesa, deixando o corpo mais suscetível ao desenvolvimento de patologias, inclusive o câncer de mama”, explica a nutricionista e consultora da Jasmine, Adriana Zanardo.
“Manter uma boa composição corporal, ou seja, um peso saudável, assim como massa magra e percentual de gordura adequado, principalmente após a menopausa, é fundamental, já que um dos componentes da mama é o tecido adiposo (gordura), e quando ocorre o aumento do peso, ocorre também o aumento da gordura mamária, impactando nas estruturas das células que se conectam com o estrogênio e aumentando o risco de desenvolvimento do câncer”, pontua.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, pelo menos, 150 a 300 minutos de atividade física moderada a intensa por semana. Já para mulheres que tem filhos, a dica é amamentar o maior tempo possível – no mínimo, até os 6 meses de vida da criança, com preferência para até os 2 anos. Isso porque o aleitamento reduz a exposição da mãe a hormônios que aumentam o risco de desenvolvimento da doença, além de eliminar as células mamárias com mutações. “Essa proteção vale para todas as suas fases de vida. Se for possível, não utilizar contraceptivos orais também é uma medida eficaz, além de manter o acompanhamento médico em dia com consultas e exames. Contudo, vale considerar ainda, o histórico familiar de câncer de ovário e mama, principalmente em mãe, irmã ou filha antes dos 50 anos, além de tabagismo e do consumo de álcool”, destaca a nutricionista.
Já as escolhas alimentares têm grande impacto na prevenção ao câncer de mama e no avanço do tratamento. A OMS tem como recomendação o consumo máximo de 300g/semana de carne vermelha, sendo preciso ponderar a ingestão de carnes processadas em geral como salgadas, curadas, fermentadas e defumadas. O excesso de gordura saturada, principalmente presente em frituras, empanados e produtos ultraprocessados, também é igualmente prejudicial à saúde, além do excesso de açúcar.
Sabendo disso, é necessário adquirir uma alimentação saudável, com boa quantidade e variedade de alimentos de origem vegetal, como frutas, verduras, legumes e cereais integrais, além de leguminosas e oleaginosas. “Todas essas opções contêm compostos bioativos com propriedades importantíssimas para a prevenção e o tratamento do câncer de mama, bem como de outras patologias”, esclarece.
Outro ponto essencial, segundo Adriana, é evitar o consumo de bebida alcóolica, pois pode aumentar a probabilidade do surgimento do câncer de mama. “De acordo com os estudos científicos, doses mais altas de álcool que chegam no tecido mamário são transformadas em uma substância chamada acetaldeído. Essa substância vai se acumulando e aumenta a chance de interferir negativamente no sistema de defesa da célula, na produção de DNA e também no sistema de reparo, fazendo com que as mamas fiquem mais suscetíveis a não conseguir se defender de agressores, além de aumentar a chance de mutações genéticas e prejudicar a identificação de células danificadas que precisam ser eliminadas”, sinaliza.
Conheça os principais compostos aliados da saúde da mulher
Cada alimento apresenta suas próprias características, vitaminas e propriedades específicas que contribuem para a chamada ação antioxidante, benéfica ao funcionamento das defesas naturais do corpo, impactando diretamente as células cancerígenas e prejudicando sua proliferação e sobrevivência. Já os Glicosinolatos estão presentes nos vegetais, popularmente conhecidos como crucíferos, sendo eles brócolis, couve manteiga, couve de Bruxelas, repolho, couve-flor, mostarda, rúcula, nabo, rabanete e agrião”, destrincha.
Outro composto apontado pela nutricionista é a Quercetina, que possui propriedades antioxidantes, presente em diversos alimentos como alface, aipo, batata, cebola, maçã, tomate, laranja e berinjela. Enquanto isso, as Flavonóis, que desempenham diversas atividades biológicas imprescindíveis, são encontradas nas frutas cítricas, especiarias, alcaparra, rúcula, repolho, couve, agrião, salsa, cacau e alfarroba. “Não podemos deixar de fora a forte presença das Proantocianidinas, amplamente conhecidas por desempenharem atividade antioxidante, presentes no chá preto, chá verde e uvas, além das Isoflavonas e Lignanas, que podem ser encontradas nos grãos e sementes. Vale destacar que o consumo desses itens pode retardar a formação de tumores, interferindo nas vias relacionadas ao estrogênio, hormônio com participação relevante no quadro”, complementa.
As Lignanas podem ser encontradas no Gergelim Branco Natural Jasmine, rico em nutrientes. O alimento é fonte de fósforo e magnésio, e contém ácidos graxos insaturados fundamentais para uma dieta equilibrada.
A Linhaça Dourada Jasmine, por sua vez, é um antioxidante natural com diversos minerais, rica em fibras solúveis e insolúveis que auxiliam o funcionamento do intestino. Vale destacar que a Linhaça é a fonte mais rica de precursores de Lignana.
Além dos cereais integrais e sementes, vale a pena incluir nas refeições vegetais crucíferos como brócolis, repolho e couve-flor, frutas vermelhas como morango, amora e framboesa, e frutas cítricas como abacaxi, acerola e maracujá.
Cuidados alimentares durante o tratamento
Além de todas as recomendações citadas acima, a consultora nutricional de Jasmine traz, ainda, dicas práticas que podem contribuir para amenizar os sintomas incômodos e melhorar a qualidade de vida da paciente que está em fase de tratamento. Confira!
– Incluir frutas cítricas e geladas para pacientes com náuseas decorrentes da quimioterapia;
– A constipação pode vir à tona devido ao efeito de alguns medicamentos, por isso, recomenda-se incluir na dieta, alimentos fontes de fibras, como folhas, aveia, linhaça, chia e quinoa;
– Ponderar a quantidade de proteína para que a paciente tenha uma boa cicatrização no pós-cirúrgico;
– Excluir frutas cítricas e alimentos ácidos para mulheres que estão com feridas na boca e em outras partes do trato gastrintestinal devido aos efeitos da quimioterapia;
– Respeitar a seletividade alimentar;
– Avaliar o uso de suplementos para complementar as necessidades nutricionais;
– Incluir a exposição ao sol na rotina, para ajudar a manter bons níveis de vitamina D;
– Praticar atividade física, caso tenha liberação médica, para manter o peso saudável e contribuir para disposição;
– Consumir boas fontes de carboidratos para gerar mais energia nos casos de fadiga, como aqueles presentes em frutas, cereais integrais, raízes e tubérculos.
Agora que você já sabe quais são os alimentos ricos do ponto de vista nutricional e quais são prejudiciais à saúde, é hora de fazer novas escolhas que possam garantir a vitalidade, energia e o bem-estar a longo prazo.
Lembrando que a alimentação é apenas um dos fatores que pode ser ajustado visando a prevenção. O processo possui um papel fundamental, pois interfere no controle do peso, mas, infelizmente, não é garantia de impedimento do desenvolvimento da doença.