Apesar dos Millennials e da geração Z serem conhecidas pelo uso intensificado das redes sociais, neste momento, este público está escolhendo
Da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, à famosa e mais cobiçada ilha do Brasil, Fernando de Noronha, a superexposição de destinos turísticos nas redes sociais foi identificada como um possível fator que contribui para a superlotação e a deterioração de locais turísticos em todo o mundo, afetando não apenas as experiências de viagem daqueles que escolhem esses destinos, mas também a qualidade de vida dos habitantes locais.
De acordo com a pesquisa VisualGPS, 1 em cada 3 jovens usa a rede social e os perfis de viagem para inspirar a escolha de destinos. As selfies e ‘photo dumps’, por muito tempo, desempenharem um papel crucial na percepção e na popularidade de muitos destinos. Outras tendências, como “Instagram vs. Realidade”, mostram o outro lado destes perfis, destacando grandes multidões ou longas filas. A crescente conscientização de conceitos como “turistificação” e “gentrificação”, termos em alta nas redes sociais, também destacou as desvantagens de explorar destinos populares em plataformas como Instagram e TikTok.
Impacto da publicidade no setor de turismo
Gabriel Carreiro de Melo, especialista em Conteúdo Criativo da Getty Images na América Latina, analisa como as empresas do setor precisam reavaliar como usam a linguagem visual em suas campanhas de marketing e publicidade se quiserem atrair o público mais jovem. “Em vez de se concentrar em imagens ou vídeos altamente estilizados e irrealistas, é essencial optar por conteúdo que pareça menos posado e mais autêntico”, disse ele. Algumas das recomendações do especialista também incluem:
O papel do turismo autêntico no futuro
Em meio ao surgimento de deepfakes e imagens geradas por IA, os especialistas da Getty Images enfatizam que as empresas do setor de turismo também devem se esforçar para manter a credibilidade e a confiança no que publicam em suas redes sociais.
“Se estiver pensando em usar imagens geradas por IA, considere seus objetivos e seu público. Nossa pesquisa indica que as pessoas podem reagir negativamente se identificarem que as imagens usadas não são reais, especialmente para o setor de turismo. Isso não significa que precisa deixar de usar imagens geradas por IA; mas, as pessoas não querem se sentir enganadas – se você quiser mostrar histórias e experiências reais, opte por imagens capturadas no mundo real”, ressaltou Gabriel.
A pesquisa VisualGPS revelou que 46% dos Millennials e da Geração Z no Brasil não confiam mais no que veem nas mídias sociais. Além disso, 98% concordam que imagens e vídeos “autênticos” são essenciais para estabelecer a confiança.
“A autenticidade e a transparência como valores