Famosa internacionalmente por seus doces de altíssimo padrão, quase comparados a obras de arte, a França comemorou em julho o Fête Nationale de la France (Dia Nacional da França). O feriado foi instituído em 1880 em homenagem à Tomada da Bastilha, evento histórico realizado pelo povo francês mais de um século antes, que popularizou o lema Liberté, Egalité e Fraternité (Liberdade, Igualdade e Fraternidade), replicado incessavelmente em todo o globo pelas décadas seguintes. À mesa, a tradição resultou no mais renomado estilo gastronômico do mundo, com pratos como Fois Gras, Coq-au-vin, Ratatouille, entre outros. A fama fica também por conta dos doces, sempre muito confeitados, com decoração delicada e elegante.
Presente no Rio de Janeiro e em São Paulo, com inaugurações previstas no Ceará e Rio Grande do Sul, a Boulangerie Carioca é uma rede de padarias no estilo francês com produtos diferenciados para almoços, cafés, lanches e refeições a qualquer horário do dia. No menu, a seleção de pratos franceses para o gosto nacional inclui baguettes, croques, tartines e muito mais. Confira a história de alguns deles:
Éclair
O século XVI foi marcado na confeitaria francesa pela “patê à choux”, massa feita com manteiga, água, farinha e ovos e recheada com creme de confeiteiro regadas a muito chocolate. A Éclair é uma criação do chef Marie-Antoine Carême no século XIX, que surgiu como uma alternativa à tradicional patê à choux. O nome veio do ditado popular “Et un bon éclair se dévore toujours en un éclair!”, que, em português, significa “E uma bomba deve ser devorada sempre num relâmpago!”. |
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Macaron
De nome derivado do italiano maccheroni (massa) e levado à França pela princesa italiana Catarina de Médice, no século XVI, o doce teve receita mantida em sigilo pela corte para que só os nobres pudessem apreciá-lo. Já no século XVIII, o Macaron ganhou as ruas de Paris ainda no formato clássico de um pequeno biscoito, redondo e crocante, feito com farinha de amêndoas, à base de claras e açúcar. Mas a versão recheada, como conhecemos atualmente, foi idealizada apenas no século seguinte pelo confeiteiro parisiense Pierre Desfontaines, e, desde então, ganhou o mundo, com todas as suas cores e sabores. |
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Croque Monsieur
Feito com pão de forma ao invés da tradicional baguette, o Croque Monsieur tem sua origem ligada ao chef Michel Lunarca. Envoltas em ovo e passadas na chapa cobertas de queijo, as fatias generosas ainda são recheadas com carne de porco (presunto) mas, questionado sobre a origem da carne, o chef teria feito uma brincadeira que se tratava de um senhor. Por isso, o nome Monsieur (senhor). Futuramente, uma dama solicitou o mesmo prato acrescido de um ovo com gema mole por cima, variação que foi batizada Croque Madame. |
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Croissant
Um dos maiores clássicos da gastronomia francesa nasceu, na verdade, um pouco mais a leste, na Áustria, sob o nome original de Kipfel. Foi criado no século XVII, em meio a tentativas de invasão turca à capital austríaca Viena, que teve a população salva pelos padeiros (sim! acredite!). Acordados antes do nascer do sol para alimentar a cidade, os padeiros descobriram e impediram o avanço turco e, ao comemorar, criaram a receita da massa recheada em formato curvado. Quase cem anos depois, a nobre austríaca Marie Antoinette casou-se na França com o rei Luís XIV, levando consigo o doce, que ganhou novo nome: croissant, em alusão à fase crescente da lua. |