Para facilitar o dia a dia de brasileiros que viajam para o exterior, ou mesmo para quem costuma fazer transações em moedas estrangeiras com frequência, a abertura de uma conta corrente internacional é uma boa alternativa. Com a expansão dos bancos digitais no mercado, as facilidades e ofertas oferecidas por este de tipo serviço têm atraído e conquistado novos clientes.
A Conta Global Internacional é uma modalidade financeira onde brasileiros residentes e domiciliados no país conseguem – por meio de uma instituição bancária – ter uma conta corrente com saldo em moeda estrangeira, sem precisar morar ou comparecer em um banco fora do país. Geralmente a abertura se dá por meio de aplicativo”, explica o especialista em gestão de câmbio e transações internacionais da Revhram Anderson Brito.
Segundo Brito, a Conta Global ainda é uma novidade e uma tendência de mercado, fato que cada vez mais o dinheiro físico está sendo colocado em ‘xeque’ por outros meios e formas de pagamentos alternativos.
“Com a conta corrente internacional é possível ter saldo em moeda estrangeira sem precisar morar ou comparecer em um banco fora do país”, afirma o especialista em gestão de câmbio e transações internacionais da Revhram Anderson Brito.
Entre as vantagens da conta corrente internacional está a conversão instantânea – baseada na cotação do dólar americano comercial – que é mais barato que o dólar turismo – dispensando a compra do papel moeda e também do cartão de crédito internacional, que no Brasil tem incidência de 6,38% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) nas transações de uso no exterior.
“Este tipo de conta disponibiliza o cartão de débito internacional, para saques em diversos caixas eletrônicos 24h no exterior – como os ATM’s (Automatic Teller Machine) – que não cobram impostos sobre transações de câmbio”, ressalta Anderson. De acordo com o especialista, é sempre importante manter um saldo positivo. Outro detalhe é que o dinheiro parado não rende juros.
Além disso, a conta internacional utiliza o Spread Cambial, que é a diferença entre o preço de compra e venda de moeda estrangeira por uma instituição financeira de no máximo 2%, promovendo economia nas transações e mais dinheiro no bolso.
O especialista demostra uma simulação do spread cambial na aquisição de USD 100,00:
Exemplo:
Compra de USD 100,00
Dólar Comercial: R$ 5,2097 (cotação hipotética)
Taxa de câmbio: R$ 5,3139
IOF 1,10%: R$ 5,85
VET: 5,3724
“Nesse exemplo, o spread cambial foi de R$ 0,1042 ou um percentual de 2%, que é a diferença entre o dólar comercial e a taxa de câmbio para realização da operação de aquisição de USD 100,00”, destaca Brito.
Quando abrir uma conta corrente no exterior?
“Para aquela pessoa que vai permanecer por longo tempo no exterior, aconselho abrir uma conta corrente numa instituição local, pois a conta Corrente Global Internacional é mais indicada para aquela pessoa que mora no Brasil, e que deseja alcançar meios de facilidade e economia em suas viagens internacionais ou mesmo compras em sites e lojas, sem custos elevados, como a incidência de IOF de 6,38%. Já nos EUA, bancos como Wells Fargo e Bank Of América aceitam que não residentes no país abram conta corrente nestas instituições, facilitando transações desta espécie para estrangeiros”, finaliza Brito.