O efeito da pandemia de Covid-19 provocou (e ainda provoca) reflexos negativos na economia do país, entretanto, milhares de pessoas encontraram uma saída dessa crise por meio das cooperativas. Mesmo diante das dificuldades econômicas e sociais causadas pela pandemia, o cooperativismo brasileiro cresceu, segundo dados do Anuário do Cooperativismo Brasileiro 2021.
O principal indicativo é o número de cooperados que saltou de 15,5 milhões (em 2019) para 17,2 milhões no ano passado, o que aponta um aumento de 11%.
Os dados são ainda mais significativos em relação à geração de empregos, pois as cooperativas geraram sozinhas este ano mais de 28 mil empregos, uma vez que, em 2019, o número total de colaboradores nas cooperativas do país era 427,5 mil e, em 2020, esse número subiu para 455.095 mil empregos diretos, um aumento de 6% frente ao ano anterior.
E quanto mais o setor expande, maior é a qualidade de vida dos cooperados e de quem está envolvido nesse movimento. Os sinais da retomada da economia com o avanço da vacinação indicam ventos favoráveis na estabilização das oportunidades que foram geradas e na geração de novos empregos.
“O movimento cooperativista auxilia na estabilização dos ciclos econômicos, principalmente regionais, que gera impacto positivo na geração direta de empregos“, afirma Carlos Massini, advogado, mestrando em Gestão de Cooperativas, presidente da CICOM Cooperativa Habitacional, especialista em mercado imobiliário e membro do Conselho Fiscal da Federação Nacional das Cooperativas Habitacionais (FENACOHAB).
Dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) demonstram que, em 2020, o ativo total do movimento cooperativista alcançou a marca de R$ 655 bilhões, um aumento de 33% em relação a 2019. O patrimônio líquido foi contabilizado em R$ 145 bilhões, 15% maior em comparação ao ano anterior.
Entre as cooperativas que se destacam nesse cenário estão as de infraestrutura, setor que inclui o cooperativismo habitacional que conta atualmente com 246 grupos cooperados no país, somando um total de 1.481.493 cooperados, o que resulta na geração direta de 7.336 empregos.
O período pós-pandêmico tem sido desafiador para o cooperativismo habitacional, pois nesse período, com o crescimento do home-office, a oferta de unidades nos empreendimentos precisa também atender essa nova realidade, o que leva a uma nova opção por moradias que possam contemplar, também, o trabalho em casa.
Como as moradias sempre foram local de descanso e acolhimento, com a pandemia, passaram a ser um espaço multitarefas, onde foi necessário se adaptar a uma nova rotina. O fato trouxe mudanças significativas para o ramo imobiliário. As pessoas passaram a buscar por um imóvel funcional, onde é possível morar, estudar, trabalhar e que ainda possibilite os momentos de lazer.
Neste quesito, a CICOM Cooperativa Habitacional é um exemplo a ser seguido no mercado, pois rapidamente acompanhou essa tendência, uma vez que, busca oferecer aos associados residências que proporcionam o conforto de um lar, mas com as características necessárias para a realização de outras tarefas.
A CICOM busca desenvolver seus empreendimentos em bairros bem localizados, com conforto nas unidades e acesso facilitado aos grandes centros. O conceito é da “cidade 15 minutos”, que vem se tornando tendência ao redor do mundo. “A alternativa sugere que qualquer demanda dos moradores deve estar a uma distância de, no máximo, 15 minutos em um trajeto a pé. Uma das nossas prioridades é garantir que no entorno dos imóveis tenha absolutamente tudo o que é necessário, fazendo que o associado se desloque minimamente e possa fazer um gerenciamento adequado do seu tempo“, explica Massini.
São inúmeros os fatores que levam futuros proprietários a se associarem a CICOM, o principal deles, talvez, seja o fato de que esse modelo de propriedade mútua de cooperativa habitacional possibilita que o associado adquira um imóvel próprio pagando até 40% a menos do que o valor disponível no mercado imobiliário tradicional.