Contato com águas sujas e contaminadas e também com outros animais que possam estar com alguma doença representam graves riscos para a saúde dos pets. Entre as enfermidades mais comuns de serem diagnosticadas neste momento estão a Leptospirose, traqueobronquite infecciosa canina, parvovirose, cinomose, gastroenterite e dermatopatia, que afetam gravemente a saúde dos animais e exigem atenção redobrada.
Juliana Dhein, médica-veterinária e gerente técnica do Grupo Hospitalar Pet Support, explica algumas características de cada uma dessas doenças:
Leptospirose: causada pela bactéria Leptospira, esta doença pode ser transmitida tanto para animais quanto para humanos, principalmente através de água contaminada pela urina de roedores infectados. Nos animais, os sintomas incluem febre, fraqueza inapetência, icterícia e, em casos graves, falência renal e hepática.
Parvovirose: altamente contagiosa, a parvovirose é causada por um vírus e afeta principalmente filhotes e cães não vacinados. Os sintomas incluem vômitos, diarreia severa,desidratação, podendo levar à morte se não tratada rapidamente.
Cinomose: essa doença viral afeta o sistema respiratório, gastrointestinal e nervoso dos cães. Os sinais clínicos variam desde febre, tosse e secreção ocular/nasal, lesões cutâneas abdominais até convulsões. A cinomose, infelizmente, é frequentemente fatal.
Gastroenterite: inflamação do trato gastrointestinal, a gastroenterite pode ser causada por infecções virais, parasitárias, além de causas ambientais. Os sintomas incluem vômitos, diarreia, dor abdominal e desidratação, exigindo cuidados médicos imediatos para evitar complicações graves. Mudanças repentinas de dieta, além de ingestão de água contaminada podem ser causas.
Traqueobronquite infecciosa canina: doença contagiosa de trato respiratório, pode ter importante disseminação em locais com muitos cães. O sinal clínico mais frequente é a tosse seca de surgimento agudo.
Dermatopatias: Lesões de pele variadas podem ocorrer pelo contato com águas contaminadas, tempo excessivo em submersão e também pelo controle inadequado de ectoparasitas. O tratamento irá variar a depender do tipo de lesão e sua causa base.
Quanto ao combate dessas doenças, a médica-veterinária destaca a importância da vacinação e do controle de ectoparasitas e ambiental para prevenir a proliferação: “A vacinação regular é a maneira mais eficaz de proteger os animais contra doenças como a parvovirose e a cinomose. Além disso, isolamento e medidas de higiene rigorosas, dentro das possibilidades do momento, são essenciais para reduzir o risco de disseminação das doenças intectocontagiosas. Para quem está com seu pet em casa, é importante lembrar que ao menor sinal de doença deve procurar atendimento veterinário”.