Comemorado em 14 de abril, o Dia Mundial do Café destaca a importância global da bebida. O Brasil ocupa um lugar de destaque nesse cenário: é o maior produtor mundial e o segundo maior consumidor, atrás apenas dos Estados Unidos. Com milhões de xícaras consumidas todos os dias, cresce também a preocupação com os impactos do café na saúde bucal.
“O consumo diário de café, especialmente com adição de açúcar, está associado ao escurecimento dos dentes e ao desgaste gradual do esmalte. Isso ocorre devido à ação dos taninos, compostos fenólicos com alto poder de pigmentação presentes na bebida”, explica a cirurgiã-dentista formada pela USP, Laís Lopes, gerente pedagógica do Grupo Kefraya, holding educacional voltada para odontologia e medicina.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Médica, Odontológica e Hospitalar (ABIMO), aproximadamente 12 milhões de brasileiros buscam tratamentos de clareamento dental por ano — reflexo da crescente preocupação com a estética do sorriso.
A dentista destaca ainda que, embora o café por si só não cause doenças mais graves, seu consumo excessivo e a falta de higiene bucal adequada podem favorecer o surgimento das chamadas doenças periodontais — que são infecções nos tecidos que sustentam os dentes, como gengiva e osso.
“Inicialmente, elas se manifestam como gengivite, com vermelhidão, inchaço e sangramento. Se não tratadas, podem evoluir para periodontite, que pode comprometer o osso e até levar à perda dentária”, alerta.
Veja as principais recomendações para reduzir os efeitos do café na saúde bucal:
“O consumo de café pode fazer parte de uma rotina saudável, desde que venha acompanhado de hábitos de higiene e controle. A saúde bucal está diretamente ligada ao bem-estar geral, e a prevenção continua sendo o caminho mais eficaz e seguro”, finaliza Lopes.