Além de amarelo, o mês de setembro também é dedicado à conscientização da campanha Setembro Vermelho, que visa combater as doenças coronárias. Em especial no Dia Mundial do Coração (29/9), entidades, empresas e órgãos públicos alertam a população sobre a saúde do coração. A data reforça a importância de cuidados como: restringir bebidas alcoólicas e tabacos, praticar exercícios físicos e adotar uma boa alimentação.
As doenças cardiovasculares (DCVs) incluem distúrbios cardíacos e dos vasos sanguíneos, como doença cerebrovascular, doença cardíaca congênita e doença arterial coronariana. Estudos realizados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) em 2022 mostram que as doenças cardiovasculares são líderes de mortalidade e morbidade no Brasil e no mundo; sendo um dos principais problemas de saúde pública e responsável por um terço das mortes globais e prematuras em 2019. Em outro estudo do mesmo ano, os autores apontam que essas doenças causam mais de 17 milhões de mortes anualmente, o que deve aumentar para 23,6 milhões até 2030. Ainda, dados da SBC indicam que 14 milhões de brasileiros têm alguma comorbidade coronária e aproximadamente 400 mil homens e mulheres morrem anualmente por problemas no coração. O número representa 30% do total de mortes do país.
Alimentos amigos do coração: é a vez das fibras alimentares
A alimentação é um importante fator para prevenção das doenças coronárias. Inclusive, a baixa ingestão de alimentos ricos em fibras foi identificada como um dos principais contribuintes para o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), segundo estudo da Nova Zelândia. O alto consumo de carne vermelha, carne processada e sódio também pode elevar a incidência de insuficiência cardíaca e doenças cerebrovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC).
Sem dúvida, as doenças cardiovasculares têm íntima relação com a alimentação. As principais doenças do coração são a formação de placa de ateroma, que é um depósito de gordura no interior dos vasos, promovendo uma obstrução e, numa situação crônica, a insuficiência coronariana crônica. Associados a essas doenças, temos a segunda causa, também relacionada com muitos alimentos, que são as miocardiopatias”, explica o cardiologista do Hospital Marcelino Champagnat de Curitiba (PR), Dr. Marcelo Freitas.
“O consumo adequado de fibras pode promover melhorias expressivas no controle da pressão arterial, inclusive em adultos hipertensos. As fibras também atuam na redução dos níveis de colesterol LDL e da captação de triglicerídeos, melhorando a elasticidade das paredes dos vasos sanguíneos, a resistência vascular, e mantendo a circulação dos tecidos sem exigir um aumento posterior da frequência cardíaca para garantir o volume de sangue”, explica a nutricionista e consultora da Jasmine Alimentos, Adriana Zanardo.
“A dieta influencia em 30% a regulação dos níveis de colesterol. As principais orientações são: controle de fritura, diminuir o consumo de gorduras animais e consumir fibras, como chia, linhaça, quinoa, fibra e germe de trigo, aveia, que são verdadeiros alimentos protetores. O consumo de fibras deve ser realizado em todas as refeições. Desta forma, elas conseguem sequestrar um pouco de gordura presente nos alimentos”, complementa Dr. Paulo.
O maior consumo de fibras também está relacionado ao controle dos níveis de insulina que, de forma indireta, previne potenciais problemas cardiovasculares. “Os benefícios dos alimentos ricos em fibra não acabam por aí. Esses compostos vegetais possuem outras substâncias que colaboram com a saúde do corpo, por meio da redução do “estresse oxidativo” que, por sua vez, pode ocorrer devido aos hábitos alimentares inadequados, estresse, tabagismo, patologias associadas e fármacos”, afirma Adriana.
Grãos do bem
Aveia, chia, linhaça, quinoa e amaranto: cada um desses cereais são fontes de fibras e benéficos à saúde do coração, por isso muitos especialistas os nomeiam como “grãos do bem”. A aveia possui na sua composição fibras solúveis e insolúveis. As solúveis são responsáveis pela diminuição da absorção do colesterol e açúcares e pela prevenção de doenças cardiovasculares. Já as insolúveis aceleram o trânsito intestinal e retardam o esvaziamento gástrico, resultando numa maior saciedade. A aveia também contém fitoquímicos – responsáveis pela cor dos alimentos e por suas propriedades anti-inflamatórias – com potentes efeitos antioxidantes.
“A literatura aponta que o consumo diário da fibra solúvel betaglucana, que é proveniente da aveia, pode auxiliar na redução significativa dos níveis de colesterol total e LDL, principalmente em indivíduos com parâmetros alterados”, explica a nutricionista.
Cabe destacar que o organismo possui dois tipos de colesterol na corrente sanguínea: o LDL, conhecido como “ruim”, e o HDL, que protege o coração de doenças e, por isso, é considerado “bom”. “Esse cuidado deve ser preocupação de todas as pessoas. Um dos mitos populares que precisamos esquecer é que o colesterol alto é problema apenas de quem tem sobrepeso ou obesidade. Pessoas magras também podem apresentar instabilidade nos níveis de gordura no sangue e ser do grupo de risco de infarto e AVC”, reforça.
A linhaça também é considerada um alimento funcional, ou seja, oferece muitos benefícios à saúde. Além do valor nutritivo inerente, a linhaça contém elementos que diminuem o risco de algumas doenças, visto que fortalece a defesa orgânica e reduz o ritmo de envelhecimento celular. O grão também é uma fonte de ácido ômega-3 (antioxidantes) e fibras, que ajudam a regular o colesterol e a glicose (níveis de açúcar) no sangue.
“Todos os cereais citados colaboram para a melhora da saúde como um todo. Alguns dos alimentos, como chia e linhaça, contêm ácidos graxos importantes para o organismo. Já a aveia, amaranto e quinoa, que são cereais ricos em fibras de forma geral, colaboram para o aumento do colesterol bom (HDL) e controle dos níveis de LDL e triglicérides”, afirma Adriana.
A boa alimentação é um dos principais fatores preventivos de doenças. Uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais, fibras, peixes, frutos do mar, legumes e oleaginosas é capaz de reduzir o risco de doenças crônicas não transmissíveis, inclusive as cardiovasculares. “E nesse menu, não podem faltar as fibras”, ressalta.
“Resumidamente, nós temos alimentos que são prejudiciais, como as gorduras saturadas e os carboidratos de alto índice glicêmico, e os alimentos protetores, ricos em fitoesteróis, baixa carga glicêmica e Ômega 3, além de vitaminas que acabam trazendo benefício ao nosso coração”, destaca o cardiologista.
Para quem busca agregar os cereais hoje mesmo no cardápio diário, a Jasmine Alimentos lançou suas novas aveias, em embalagens mais econômicas e compactas – com 170 gramas. A produção é realizada com laminação especial, que garante os flocos mais inteiros e visíveis. O público encontra duas versões das aveias, com flocos finos e grossos e diferentes aplicabilidades. A empresa, referência em alimentação saudável no país, também oferece em seu portfólio as Linhaças Marrom e Dourada, Farinha de Linhaça, Linchia (uma mistura de linhaça e chia), Farinha de Chia, Farelo de Aveia, Chia, Quinoa e Amaranto.
“Nosso propósito é promover saúde por meio da alimentação e percorrer esse caminho ao lado dos consumidores. Prezamos por ingredientes naturais com garantia de origem que, combinados com nosso conhecimento e expertise, tragam o melhor em nutrição, saúde e sabor. Temos rigorosos processos de produção e padrões de qualidade, além de dicas para aproveitar a versatilidade do produto”, finaliza a engenheira de alimentos da Jasmine Alimentos, Fabiane Costacurta.