Mulheres e homens procuram e encontram empregos de forma diferente. E à medida que as empresas pensam em formar equipes com equilíbrio de gênero, elas imaginam, ainda, em como contratar e promover mais mulheres. Mas a questão é: qual é exatamente essa diferença?
Segundo dados divulgados pelo LinkedIn, quase 90% dos candidatos estão abertos a ouvir sobre novas oportunidades e as mulheres sentem que precisam atender a 100% dos critérios pedidos pela vaga, para se candidatar, enquanto os homens geralmente se candidatam após atender cerca de 60%.
As mulheres tendem a se afastar da conversa e acabam se candidatando a 20% menos empregos do que os homens. Além disso, elas hesitam mais em pedir uma indicação de alguém que conhecem na empresa. “A conduta seguida pelas mulheres diante das oportunidades de trabalho tem uma origem cultural que acaba se manifestando nos processos de recrutamento e seleção”, explica Alexia Franco, da Unique Group consultoria de recursos humanos.
Apesar disso, quando as mulheres se candidatam a um emprego, elas têm 16% mais chances de serem contratadas do que os homens. Na verdade, se a função for mais sênior do que a posição atual, esse número sobe para 18%. As mulheres fazem um trabalho muito completo na seleção de papéis. Se elas só se candidatarem quando se sentirem extremamente qualificadas, isso também pode indicar que elas não estão buscando oportunidades de expansão. “O empregador pode impulsionar as mulheres a participarem da seleção, mas o ideal é que o recrutador tenha cuidado com o que coloca em seus anúncios de emprego. Funções com muitos requisitos e exigências estritas podem impedir as mulheres de se candidatarem, pois elas querem ter certeza de que possuem todas as atribuições da lista”, finaliza Alexia Franco.