A Esteatose Hepática não alcoólica ou gordura no fígado como é popularmente conhecida, é uma doença que acontece quando as células do fígado são infiltradas por células de gordura, chegando ou ultrapassando o limite de 5% .
Estima-se que 40% da população ocidental sofre desta doença e quando verificamos em diabéticos, este número sobe para 80%. Vale dizer também que Mulheres têm um risco maior de desenvolver excesso de gordura no fígado, tendo em vista que o hormônio estrógeno, produzido naturalmente pelo corpo feminino, propicia o acúmulo dessa gordura.
Mas vamos lá…Você sabe a importância do fígado?
O fígado é o órgão responsável pela produção da bile, que é a responsável por ajudar na digestão de alimentos; É o fígado que faz transporte de colesterol LDL e HDL; Também é ele que faz o processamento de hormônios e medicamentos, armazenamento e liberação da glicose, destrói as células vermelhas defeituosas e é ele que faz a limpeza do nosso organismo através da eliminação de resíduos tóxicos.
Dito isso, devemos dizer que a Esteatose Hepática é uma doença muito silenciosa, portanto, muito perigosa, já que o fígado é capaz de aguentar décadas de sobrecarga sem dar sinal algum. Ou seja, as pessoas acometidas de esteatose hepática, no geral, não sentem nada e só são diagnosticados quando fazem algum exame de imagem ou de sangue.
“A Gordura visceral está associada ao aumento de doenças cardiovasculares, aumento da insulina e da glicemia, hipertensão e síndrome metabólica. Qualquer excesso de gordura corporal é perigoso, mas a gordura visceral é um fator de risco ainda maior do que a gordura subcutânea”, diz a Dra. Bruna Marisa, médica endocrinologista, especialista em emagrecimento.
A obesidade, o excesso de peso e os hábitos e estilos de vida inadequados, são responsáveis hoje por 60% dos casos de gordura no fígado, afirma a Dra. Bruna que segue dizendo: “O problema da Esteatose hepática ser uma doença silenciosa é que nesse meio-tempo, o risco de doenças cardíacas e vasculares aumenta muito. Além do mais, a gordura no fígado pode causar hepatite e dentro de alguns anos, evoluir para cirrose, câncer de fígado e suas consequências como o transplante hepático”
A boa notícia é que, se detectado antes da evolução do quadro para uma cirrose hepática ou câncer, o tratamento consiste em três pilares básicos:
Uma mudança no estilo de vida é a única coisa que vai tratar a raiz da causa do problema a fim de se obter um resultado satisfatório. Por isso, são raros os casos em que há necessidade de medicamentos.
Conclusão:
Vale a pena repensar agora o estilo de vida que você está levando. A Esteatose hepática é só mais uma das diversas doenças relacionadas com o excesso de peso ou obesidade, tais como a diabetes, apnéia do sono, síndrome dos ovários policísticos, síndrome metabólica, entre outras.