Neste final de semana, 3 e 4 de setembro, Paranapiacaba irá receber o Festival de Fotografia (FFP), uma realização da Alfabetização Visual com apoio da Prefeitura de Santo André, Sesc, Senac e outros parceiros sob direção de João Kulcsár.
Em sua sexta edição, o circuito terá mais de dez exposições, entre elas “Duo Drags”, uma exibição inédita de Paulo Vitale com mais de 30 retratos de drag queens, algumas veteranas do cenário paulistano na década de 80.
Outras duas exposições abordam questões contemporâneas: “Dispneia, percepções sobre a linha de frente”, uma leitura visual fotográfica das equipes que ainda atuam na linha de frente da pandemia, assinada pelo médico cardiologista Luiz Angelo Peixoto; e a coletiva “Diversão e Arte!”, realizada pela Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no Estado de São Paulo (Arfoc-SP), que ressalta a importância da produção e a resistência da cena artística brasileira através de artistas e profissionais da cultura.
Haverá ainda uma programação intensa com exposições presenciais, projeções noturnas, lançamento de livros, mostra de filmes, expedições fotográficas, oficinas e palestras, sempre reunindo convidados que refletem a pluralidade de gênero, território, matizes socioculturais e de etnias brasileiras, tendo a fotografia como ferramenta de alfabetização visual e foco direcionado para discussões pautadas em educação, direitos humanos e o meio ambiente. A programação completa pode ser conferida no site https://www.ffparanapiacaba.com.br/.
Este ano serão homenageados no FFP, Nair Benedicto e João Roberto Ripper, nomes icônicos da fotografia brasileira, que estarão presentes na programação de palestras gratuitas no Galpão Ferroviário.
Nair Benedicto é uma pioneira no fotojornalismo que escolheu dar voz às minorias em temas como o preconceito, violência contra a mulher, homossexualidade, menor de rua e indígenas. A fotógrafa paulistana foi delegada da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) entre 1988 e 89, e integra os acervos do Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro e de Nova York (MoMa). A palestra “Retrospectiva” acontecerá no domingo às 13h.
João Roberto Ripper nasceu em 1953 no Rio de Janeiro. Trabalhou como repórter-fotográfico nos jornais Última Hora, Diário de Notícias, O Globo e agência F4. Atuou como diretor da Arfoc-RJ, Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro e Federação Nacional dos Jornalistas. É também idealizador e coordenador do projeto Imagens do Povo do Observatório de Favelas. O palestrante fará apresentação do trabalho “Imagens Humanas” no sábado a partir das 13h.