Seja por prazer ou necessidade, comer fora de casa é um ótimo programa social que não sai de moda. A confirmação do fato está em uma pesquisa da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), que aponta que, entre os anos de 2009 e 2019, as vendas da indústria alimentícia para o setor de refeições fora do lar, o qual compreende restaurantes, lanchonetes, padarias, bares, redes de fast food, entre outros, cresceu 184,2%, uma média de 11% ao ano, registrando em 2019 um valor acumulado de R$ 184,7 bilhões.
A expectativa é de que o segmento, que fechou 2020 com um valor 24% menor devido à pandemia de Covid-19 (cerca de R$ 139,9 bilhões), encerre 2021 com um crescimento de 20% sobre este valor (R$ 166,9 bilhões); com uma previsão de recuperação completa em 2022. De fato, a retomada do food service fundamenta-se nos seguintes aspectos: declive de infecção e óbitos por Covid-19; evolução do calendário de vacinação; enfraquecimento do teletrabalho; aumento do número de pessoas circulando nas ruas; e flexibilização do funcionamento de bares, restaurantes, lanchonetes e praças de alimentação.
Porém, a “volta por cima” demanda cuidado e observação dos empresários do setor: o uso de tecnologias – desde a contratação de pessoal, passando pelas rotinas na frente do caixa dos estabelecimentos, até a gestão completa e eficiente do seu backoffice – deverá ser cada vez mais presente no cotidiano dos negócios daqui para frente, sendo fundamental para evitar falhas e garantir a competitividade perante a concorrência.
Procura por sistemas de gestão aumentaram na pandemia
O acesso à tecnologia com foco na gestão empresarial tem aumentado significativamente e, mesmo durante a pandemia, não foi diferente. Exemplo disso são os números da ACOM Sistemas, empresa de tecnologia que atende o setor de food service com um ERP exclusivo, o EVEREST. Só no primeiro semestre de 2021, em pleno pico da pandemia, o volume de vendas cresceu em 100%, alcançando resultados equivalentes a todo o ano de 2020.
“Gestão ineficiente do estoque; desconhecimento do seu CMV (Custo de Mercadoria Vendida), falta de padrão no preparo das refeições, desperdício de alimentos e matéria-prima; baixa produtividade; erros em operações de pagamento de títulos ou conciliações de recebíveis. Esses são problemas comuns na área. A boa notícia é que tudo pode ser resolvido com a ajuda da tecnologia, em grande parte com a implantação de processos automatizados, que aprimoram as principais frentes de um negócio food service”, explica Eduardo Ferreira, CCO da ACOM. “O objetivo é a melhora da experiência gastronômica para a empresa e o cliente. Sem dúvida, a informatização é uma grande aliada no controle de custos, redução de gastos, melhoria no aproveitamento de insumos e análise da operação”, complementa.
No parecer do especialista, a maioria dos estabelecimentos food service ainda não faz uso de tecnologia com o pretexto de “ser caro”. O resultado? Retrabalho; altas taxas de rotatividade de funcionários; baixa avaliação em sites especializados; reclamações por parte de clientes; problemas com os órgãos arrecadatórios. Com isso, menos faturamento e, por consequência, menos lucro. Uma operação “analógica” pode trazer consequências que vão desde o estancamento das atividades do negócio até o seu fechamento. Incorporar a tecnologia no dia a dia da operação do negócio já não é mais uma opção, passou a ser algo essencial para garantir a sobrevivência em um mercado tão competitivo e que prima pela qualidade, agilidade e entrega.
Contratações via tecnologia
Dentro do setor de food service, a tecnologia permite que os empregadores tenham acesso rápido a profissionais capacitados e que possuam o perfil de sua empresa, o que contribui para a retenção e engajamento desse colaborador.
“A tecnologia, hoje, permite que milhares de candidatos sejam analisados para uma vaga de acordo com diversos parâmetros de interesse do setor e que apenas as pessoas com maior relevância sejam chamadas para entrevista, otimizando o tempo de recrutamento e aumentando a assertividade das operações”, conta Alex Apter, CEO da Worc, empresa que possui uma plataforma de empregabilidade, gestão e desenvolvimento de pessoas focada somente no food service.
Desde 2018 (ano de desenvolvimento da plataforma), a Worc já impactou mais de 60 mil famílias e 500 estabelecimentos, gerando mais de R$ 4 milhões de candidatos para a comunidade”, ressalta Apter, que é Founder & CEO da plataforma. “A Worc centraliza toda a parte de recrutamento e seleção de mão de obra fixa e sob demanda, além de gestão de pessoas, contratação, otimização da folha, controle de ponto/frequência de colaboradores. Isso garante que o empregador encontre o profissional perfeito para o seu negócio”, complementa Apter.
Através da funcionalidade de “equipe na nuvem” a plataforma centraliza toda a parte de recrutamento e seleção de mão de obra fixa e sob demanda. Proporcionando aos estabelecimentos uma contratação assertiva que impacta diretamente na diminuição do turnover de funcionários e otimização da folha de pagamento.
Segundo o CEO da Worc, os empresários do setor têm optado cada vez mais por utilizar o recurso de “equipe na nuvem” da plataforma, que permite a alocação dos recursos de mão de obra nos horários de pico.
É muito importante que os empresários entendam a necessidade de se ter os melhores profissionais em suas equipes, para que, de fato, os resultados possam ser alcançados, ao passo que esses mesmos profissionais devem ter à sua disposição soluções tecnológicas que ajudem a potencializar talentos e que permitam construir um backoffice integrado, produtivo e com controles eficientes na operacionalização do negócio.