O Carnaval é um dos períodos mais aguardados do ano no Brasil. Gera uma receita de R$ 3,6 bilhões só com a venda de bebidas e alimentos – de acordo com estimativa da Confederação Nacional do Comércio. Mas o momento gera desafios para foliões e comerciantes, e um deles é a transação comercial.
Deixar os cartões em casa já virou regra, especialmente depois da popularização de pagamentos por aproximação pelo celular. Mas nem sempre o aparelho está incluso no “levar só o essencial”. Com o alto índice de furtos gerando cada vez mais insegurança, muitos foliões priorizam o uso do dinheiro físico, abrindo mão dos meios eletrônicos. O problema é que muitas vezes falta troco nos estabelecimentos.
“Quem nunca sacou dinheiro para o bloco, entrou em um mercado, tentou pagar as bebidas com uma cédula e descobriu, na hora, que o vendedor não tinha troco?”, indaga Wanessa Leite, CEO da Dyndo, empresa que criou um aplicativo de troco digital. “É desanimador, tanto para quem pula carnaval como para quem espera lucrar com a festa. E, infelizmente, a situação é mais comum do que se imagina”, completa.
A realidade, de acordo com a executiva, destaca a importância da coexistência de métodos de pagamento e demonstra que, mesmo em uma era digital, a tradição e a praticidade continuam influenciando as escolhas financeiras. “Uma prática interessante e efetiva nesse contexto é a combinação do pagamento das compras com dinheiro físico ao recebimento do troco por meio de aplicativos”.
Wanessa explica que essa abordagem híbrida surge da conveniência proporcionada pelo uso de dinheiro para pagamentos diretos à necessidade de se aproveitar da facilidade e segurança oferecidas pelos aplicativos financeiros para a devolução do troco.
Ao estar cadastrado em aplicativos de troco digital, o cliente recebe o dinheiro por meio do CPF em um processo que não obriga que o usuário esteja com a plataforma aberta na hora da tramitação. Depois, o montante pode ser utilizado para algum outro pagamento ou transferência.
“A solução mostra que o sistema financeiro está atento às necessidades dos consumidores, criando uma experiência de compra mais flexível e personalizada. Se as pessoas aproveitarem os benefícios que a tecnologia oferece, tenho certeza que tanto as que pulam o Carnaval como as que lucram com ele poderão curtir esse período sem contratempos”, finaliza a executiva.