Enquanto o segmento de viagens ainda vive momentos difíceis, alguns destinos abertos tiveram a chance de conciliar o turismo com a pandemia para se posicionar como um lugar seguro, implementando cada vez mais protocolos efetivos e que mantiveram o turismo em atividade. Este é o caso do Arquipélago da Madeira, destino português localizado em meio ao Atlântico com cenários magníficos de montanhas, falésias e piscinas naturais, e que tem o segmento como um dos seus principais pilares econômicos.
Considerado o ‘Melhor Destino Insular do Mundo’, a Madeira reabriu suas portas ao turismo em julho de 2020. Desde então, a região autônoma de Portugal não deixou de receber seus viajantes e apostou em estratégias focadas em se manter como um destino seguro com relação ao Covid-19. Para garantir a segurança de residentes e visitantes, o primeiro passo foi a exigência da apresentação de um exame RT-PCR com resultado negativo, realizado até 72 horas antes da viagem. Os viajantes também podem optar por fazer o teste no momento do desembarque, gratuitamente, e aguardar o resultado em isolamento no hotel.
A partir desta semana, os viajantes também poderão fazer o exame no fim da viagem, para apresentar o resultado aos destinos que o exigem para o retorno. “O governo madeirense oferece um exame gratuito aos seus viajantes, que pode ser realizado no desembarque, caso o passageiro não tenha este resultado negativo na chegada, ou no final da viagem, para apresentar no destino que tenha a exigência deste documento”, explica Nuno Vale, diretor executivo da Associação de Promoção da Madeira.
Ainda mirando o aumento de turistas durante o verão na Europa, o governo local informou que irá flexibilizar algumas medidas utilizadas para conter a segunda onda da Covid-19, como a redução do toque de recolher, que passa a ser entre 23h e 5h. Isso irá possibilitar a reabertura dos restaurantes locais no período da noite, que poderão funcionar até as 22h. Além disso, também foi anunciado que os profissionais do turismo serão vacinados até o fim de maio.
Uma outra estratégia foi a implantação do “corredor verde” para os visitantes que comprovarem ter finalizado o ciclo de vacinação ou para aqueles que apresentarem um certificado válido que comprove que se recuperou da Covid-19 nos 90 dias anteriores à viagem. Este “passaporte de imunização” abre mais oportunidades de receber os turistas, já que não seria necessário perder tempo com a realização do exame antes do embarque ou com o isolamento em hotel, por exemplo, nem seria necessário restringir a entrada por nacionalidade.
Segundo o diretor, a Madeira não estabelece restrições à entrada de brasileiros. No entanto, como esses turistas não conseguem entrar em Portugal (continente), devido às restrições e suspensões de voos, também não conseguem desembarcar na ilha. “A Madeira não coloca restrições à entrada de cidadãos brasileiros ou de qualquer outra nacionalidade, desde que cumpram as regras estipuladas”, explica.
Em clima de esperança e renovação para a alta temporada, o órgão de promoção turística acaba de lançar uma nova identidade visual para o destino. O slogan “Madeira. Toda sua!” para o mercado brasileiro e a nova identidade visual foram criados a partir de um estudo profundo, que identificou os seus principais atributos: um lugar que pertence a todos e do qual todos sentem que fazem parte.
Anteriormente, a região já apostava em medidas que transmitissem toda a sua segurança sanitária aos turistas e, consequentemente, se posicionou como um destino seguro. Desde sua reabertura, além da apresentação do resultado negativo no aeroporto, a Madeira foi pioneira em criar uma cartilha de boas práticas, assim como o aplicativo Madeira Safe, que facilita a identificação e contato com os turistas e digitalização dos documentos exigidos. O governo local também investiu na certificação de gestão de riscos biológicos para os estabelecimentos turísticos.
Com 266 mil habitantes, o Arquipélago da Madeira agiu com rapidez para controlar o vírus em seu território. Atualmente, conta com 266 casos ativos dos 9.010 confirmados durante a pandemia. O destino também já administrou 81.673 vacinas contra a Covid-19. Com isso, cerca de 8,5% da população residente já conta com o ciclo de vacinação completo e 23,6% com uma dose da vacina.