Após quatro meses de alta, o levantamento feito pelo SPC Brasil em parceria com a FCDL-SP (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do estado de São Paulo) mostrou que a inadimplência no mês de abril para o estado de São Paulo recuou em 1,46% em comparação com o mês de março, indicando que atualmente pouco mais de 20 milhões de paulistas estão com o nome sujo. Para o mês de março, foram registradas 23 milhões. Em contrapartida, a pesquisa mostra que o número de inadimplentes cresceu 1,54% em abril de 2024, em relação a abril de 2023.
“Apesar da redução da taxa Selic a 10,50%, o acesso ao crédito continua elevado, mas a cautela no consumo tem mostrado resultados positivos. É fundamental que os consumidores continuem atentos aos gastos e priorizem o pagamento de contas atrasadas. Essa redução no número de inadimplentes é benéfica não apenas para pessoas e empresas, mas para a economia do estado como um todo”, comenta o presidente da FCDL-SP, Mauricio Stainoff.
Em abril de 2024, os consumidores negativados de São Paulo tinham, em média, uma dívida total de R$5.345,22. Dos consumidores endividados, cerca de 25,23% deviam até R$500, enquanto 38,11% tinham dívidas de até R$1.000. O tempo médio de atraso de dívidas é de 6 até 26 meses, com isso, cerca de 40,52% dos devedores estavam inadimplentes entre 1 a 3 anos.
Evolução de dívidas
Número de reincidentes em abril de 2024
Cerca de 86,58% dos inadimplentes tiveram atrasos de pagamento nos últimos 12 meses. Desses, 61,58% ainda não tinham pago suas dívidas antigas, enquanto 24,99% tinham voltado a dever depois de quitar dívidas anteriores. A grande maioria dos reincidentes estão na faixa etária de 30 a 39 anos (27,81%), e a divisão por gênero era quase igual, com 52,75% mulheres e 47,25% homens. Além disso, o tempo médio entre quitar uma dívida e surgir outra varia de 2 a 6 meses.
“É importante saber exatamente quanto se deve, quais são os juros e o que realmente se pode pagar. Só se deve propor ou aceitar um acordo quando se tiver ampla certeza que a condição financeira condiz com a proposta”, ressalta Stainoff.