Diante de seu potencial de adaptação e inovação, as startups apresentam boas condições de recuperação e crescimento mesmo em períodos de crise. De acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae, enquanto 87% dos pequenos negócios tiveram queda de faturamento durante a pandemia da Covid-19, as startups, que já nascem com o objetivo de inovar, apresentaram perda de 68%. Ao mesmo tempo, 13% desses negócios inovadores ainda conseguiram aumentar o faturamento durante o período de crise, bem acima dos 4% registrados com as micro e pequenas empresas.

Diante dessas condições de melhor adaptação ao momento da crise, algumas instituições estão se movimentando para formar mais condições para o surgimento de novas startups para contribuir ainda mais com a retomada da economia e fortalecer o surgimento de negócios inovadores. Na região do ABC Paulista, por exemplo, está sendo organizada uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), a Biosphere, para atuar como aceleradora no meio universitário. A iniciativa conta com a participação do Sebrae, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) e da plataforma de permutas multilaterais XporY.com.

Biosphere será um espaço para futuras startups da região do ABC Paulista

De acordo com um dos idealizadores do projeto e sócio-fundador da XporY.com, Rafael Barbosa, a sociedade terá uma unidade dentro da universidade e deve acelerar, no mínimo, 10 startups por ciclos de seis meses a um ano. “É um projeto que une e integra o Sebrae, o meio acadêmico e o ramo empresarial com o objetivo de despertar a cultura empreendedora já na universidade, apostando, principalmente, na tecnologia como meio de alavancar os negócios”, destaca Barbosa.

Para o gerente regional do Sebrae no Grande ABC Paulista, Paulo Cereda, a iniciativa pode ser uma importante ferramenta para movimentar a economia na região, que sempre foi marcada pelo seu potencial produtivo, mas que perdeu a força nos últimos anos. “A região do ABC sempre foi reconhecida como um local de grande potencial, principalmente industrial, mas que perdeu algumas indústrias e precisa se reinventar. A aposta em iniciativas tecnológicas pode resgatar essa capacidade da região, já que há uma expectativa de envolver até 2 mil empresas”, destaca o gerente ao lembrar que a iniciativa não se restringe apenas ao ambiente acadêmico, já que as startups devem manter negócios com empresas da região e contribuir para o desenvolvimento local.

O sócio-fundador da XporY.com, Rafael Barbosa, é um dos idealizadores do projeto / Foto: Rogério Neves

Já o reitor da USCS, Leandro Prearo, acredita que há grandes chances de o negócio crescer dentro da universidade, já que ela conta com uma infraestrutura pronta para receber o projeto e as startups. “Nós já contamos com laboratórios completos, mas que ficaram ociosos, principalmente durante esse período de pandemia. Com a atuação do grupo, os estudantes terão confiança para montar suas startups e levar ainda mais inovação para a região do ABC”, destaca Prearo.

Moeda e permuta

Os negócios dentro da SPE serão feitos por meio de permutas multilaterais e usarão a moeda digital X$ para movimentar os negócios. De acordo com Rafael Barbosa, que também é especialista em economia colaborativa, o escambo é um importante meio para quem está iniciando suas atividades porque permite que empresas e profissionais liberais usem seus produtos e serviços para fazer os primeiros investimentos, sem necessitar, no primeiro momento, de dinheiro.

“A permuta multilateral é uma importante ferramenta para movimentar a economia, principalmente em momentos de crise. Para usufruir da oportunidade, basta cadastrar gratuitamente seus produtos ou serviços na plataforma de permutas XporY.com, pelo site ou aplicativo. Após fechar a primeira venda, o permutante recebe em moeda digital, em que cada X$ 1 equivale a R$ 1,00. Com esse crédito, ele pode adquirir qualquer outra oferta disponibilizada na plataforma por qualquer outro participante de qualquer segmento”, destaca Barbosa, que ressalta que não há cobranças de anuidades e taxas de manutenção na plataforma de permutas. “O participante só paga uma taxa de 10% em Reais sobre o valor da compra de produtos e serviços disponíveis na plataforma”, conclui o sócio-fundador da XporY.com. Para mais informações sobre a plataforma, acesse: www.xpory.com.