O preço médio que consumidores do Grande ABC pretendem pagar por presente neste Dia dos Pais é de R$ 160. Comparados aos R$ 118 registrados na data do ano passado, houve aumento nominal de 35% — ou aumento real de 25% se considerada a inflação acumulada de 8,35% nos últimos 12 meses (até março).
Os gastos planejados para este Dia dos Pais (mais de um presente, almoço, jantar ou passeio) revelam intenção de desembolsar R$ 219. Em comparação com 2020, quando o gasto planejado foi de R$ 144, registra-se aumento nominal de 51%, ou real de 40%. Com isso, o Dia dos Pais terá movimentação econômica melhor que a do ano passado, chegando a R$ 70,2 milhões – ou 13,5% de alta real, segundo Pesquisa de Intenção de Compra (PIC) elaborada pelo Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo.
“Houve melhor adaptação dos consumidores e comerciantes aos desafios impostos pela pandemia e melhora no grau de confiança do consumidor. A isso se somam as menores restrições ao funcionamento do comércio em relação ao ano passado”, afirma professor Sandro Maskio, coordenador da pesquisa. Mesmo assim, este é um dos três piores resultados econômicos nos 10 anos de PIC. Prof. Maskio atribui o cenário ao desemprego ainda elevado e às altas dos preços médios.
Em meio às restrições ainda presentes ao funcionamento de algumas atividades econômicas, em especial o comércio, as formas preferidas pelos entrevistados para aquisição dos presentes são majoritariamente digitais (41,6%). Ainda assim, 31,1% declararam que deverão realizar compras presencialmente, frente a pouco mais de 11% na pesquisa do ano passado.
Atrás de promoções
Uma novidade desta edição é que cerca de 50% dos 346 entrevistados se declararam propensos a alterar a data de compra de presentes às pessoas de seu convívio com objetivo de aproveitar períodos promocionais, como a Black Friday e a recém realizada Amazon Prime Day. “Estes eventos devem ser incluídos como fatores estratégicos pelos gestores do setor de varejo”, diz o professor da Metodista.
Do total de entrevistados que declararam que comprarão lembranças, 70% deverão presentear apenas uma pessoa e outros 25%, duas pessoas. Aproximadamente 25% afirmaram que não deverão presentar ninguém este ano.
Os principais presenteados serão especialmente os pais (82,5%), seguido de maridos (9,3%) e sogros (2,7%).Dentre os presentes mais procurados, destacam-se vestuários (63,8%), que revelaram forte aumento de preferência em relação ao ano passado, seguidos de perfumes e cosméticos (5,1%) e cesta de café da manhã (3,9%).