A escoliose é uma doença que afeta a coluna vertebral e mexe com o seu alinhamento natural. A patologia provoca um desvio para o lado direito ou esquerdo do corpo e pode, ou não, vir acompanhada de maior ou menor grau de rotação tridimensional da coluna.
O adolescente afetado pela escoliose idiopática (sem causa específica) convive com o desnivelamento do tronco, mais perceptível nos ombros e cintura. Em casos de rotação da coluna, essa deformidade também é notada na irregularidade da caixa torácica. Segundo dados da OMS, a escoliose afeta entre 2% a 4% da população mundial.
O Dr. André Evaristo Marcondes, ortopedista e especialista em coluna do Núcleo de Medicina Avançada do Hospital Sírio-Libanês, diz que a escoliose é avaliada em graus, sendo que nos estágios iniciais ela é quase imperceptível. “A partir de 40, 45 graus de inclinação, indicamos o tratamento cirúrgico, para corrigir o alinhamento postural e evitar danos a outros órgãos do corpo, como coração e pulmões que, nesta etapa, são comprimidos”, afirma.
Entenda mais sobre a doença
A escoliose pode ser dividida em diferentes tipos, porém, as que afetam os adolescentes são classificadas como idiopáticas. A partir do diagnóstico precoce, a ser realizado de forma simples nas próprias escolas, medidas podem ser adotadas para evitar o agravamento do problema.
Esta é uma doença progressiva que afeta mais de 250 milhões de pessoas no mundo. Suas causas nem sempre estão claras, mas fatores genéticos e doenças neurológicas contribuem para seu desenvolvimento. É muito importante seu diagnóstico precoce que é feito de modo simples e pode minimizar a sua evolução. Por isso, vale observar:
Ainda segundo o Dr. André Evaristo, que realizou um mestrado europeu em saúde pública sobre o tema, a escoliose pode ser diagnosticada precocemente e isso permite à criança receber o tratamento adequado, de modo a conter a evolução da doença. “Diante de qualquer discrepância, a criança/adolescente deve ser encaminhada ao especialista em coluna para acompanhamento e uso de coletes ortopédicos, se necessário. Este simples gesto pode evitar a sua evolução, que afeta tantos jovens, faz perderem qualidade de vida, prejudica sua autoestima, além de alterar o desempenho do indivíduo em vários aspectos biomecânicos”, finaliza o cirurgião de coluna.