A pandemia veio para provar que as cidades do futuro estão em regiões inesperadas e longe de lugares como Silicon Valley. A Cognizant, uma das empresas líderes mundiais em tecnologia e negócios, lança a pesquisa 21 Places of the Future (“21 lugares do futuro”), que revela o que coloca uma cidade à frente do seu tempo. Desde a forma como o governo lida com questões do meio ambiente até os investimentos feitos em educação, todos são itens que tornam um lugar mais atraente para as empresas e as pessoas.
Realizado pela consultoria Frost & Sullivan e pelo Centro do Futuro do Trabalho da Cognizant no início do ano, o estudo criou uma metodologia única de análise, que faz analogia à anatomia de um átomo. Cada uma das 150 cidades analisadas, em 13 países, representa um elétron e foi ranqueada de acordo com sua proximidade do núcleo. Mas quais são esses pré-requisitos para que uma cidade entre no hall dos 21 Lugares do Futuro? Confira:
- Infraestrutura: ter um sistema de transporte público conectado e eficiente é o primeiro passo para que os residentes de uma cidade se sintam mais livres e menos estressados. Além disso, oferecer alternativas de locomoção tem influência nessa sensação de liberdade: aeroportos, helipontos e rodovias funcionando em perfeita harmonia atraem novos moradores e retêm os antigos.
- Estilo e custo de vida: a diversidade e a inclusão tornam uma cidade um lugar mais seguro. Com a tranquilidade garantida e um custo de vida acessível, as pessoas conseguem frequentar diversos espaços da cidade, cultivar hobbies e compartilham ainda mais tempo com os amigos e familiares. Tudo isso contribui para que os níveis de felicidade da população cresçam.
- Cultura e entretenimento: bares, restaurantes, cinemas, teatros, parques, galerias de arte e bibliotecas, entre outros, são espaços onde as pessoas se reúnem e compartilham experiências. Após um longo período de pandemia e isolamento social, a qualidade e a quantidade desses espaços de convivência serão ainda mais valorizadas pela população e pontos essenciais para atrair novos moradores.
- Arquitetura: os “tijolos” nunca estiveram tão à mostra. A revitalização e restauração de edifícios antigos mostram como o avanço da tecnologia permite criar verdadeiras obras de arte nos grandes clássicos arquitetônicos, cujas paredes contam histórias. Esse contraste entre o antigo e novo convida os habitantes a ser criativos, a abraçar seu passado e apontar para o futuro.
- Cliques: investimento pesado na criação de uma infraestrutura digital robusta é essencial para uma cidade do futuro. Para entrar nessa lista, é imperativo oferecer Wi-Fi público de qualidade, com banda larga, para os inúmeros dispositivos móveis que não param de surgir. Além de chamar a atenção dos residentes, isso atrai a chegada de empresas de tecnologia, startups e, mais recentemente, dos aplicativos de delivery.
- Hub de talentos: para atrair talentos, é preciso aumentar a qualidade da educação. A cidade deve oferecer pré-escolas, escolas e universidades públicas e privadas de alto nível. Além da qualidade da grade curricular, a quantidade de escolas também é fundamental. As cidades do futuro exigem também das empresas, que terão de fazer uma ótima gestão de profissionais de alto nível, para que não mudem de cidade depois de formados.
- Meio ambiente: a sustentabilidade está longe de ser um tema novo. No entanto, a pandemia reforçou ainda mais a necessidade de governos e empresas olharem para suas condutas socioambientais. Para que as cidades do futuro possam existir, é preciso que o futuro seja habitável para os humanos. Para tanto, é indispensável que as cidades encontrem maneiras de se modernizar e cuidar do seu entorno. Destacam-se, portanto, aquelas que alcançam o equilíbrio entre crescimento e cuidado com a natureza.
“A palavra-chave dos resultados desse estudo é ‘acessibilidade’. As cidades precisam criar espaços de convívio entre as pessoas e a natureza, que devem ser acessíveis a toda a população. Investimentos em transporte, educação e conectividade proporcionam esse acesso”, comenta Robert Hoyle Brown, líder do Centro do Futuro do Trabalho da Cognizant.
O estudo completo está disponível no site: https://www.cognizant.com/futureofwork/whitepaper/21-places-of-the-future.