Prédios públicos de Santo André, como o do CHM (Centro Hospitalar Municipal) e da Prefeitura, ganharam iluminação roxa durante o mês de maio para conscientizar a população sobre as DIIs (Doenças Inflamatórias Intestinais), representadas pela doença de Crohn e retocolite ulcerativa. Estima-se que 800 pessoas apenas em Santo André tenham diagnóstico positivo para as doenças, o que representa cerca de 10% da população.
Os sintomas mais comuns das doenças inflamatórias intestinais são dor abdominal, diarreia incapacitante, febre, anemia aguda, emagrecimento não intencional e sangramento ao evacuar. O diagnóstico começa pela consulta com clínico geral em uma das 35 unidades básicas de saúde de Santo André e depois acompanhamento e tratamento com gastroenterologista no Poupatempo da Saúde, dentro do Atrium Shopping, ou coloproctologia, com atendimento ambulatorial no CHM.
“A doença de Crohn e a retocolite ulcerativa não têm cura, o nosso desafio é proporcionar ao paciente uma vida mais próxima possível da normalidade, com os sintomas controlados. Mas, para isso, é fundamental que o diagnóstico seja feito precocemente, ou seja, que a doença seja descoberta ainda no início. O tratamento é clínico, com uso de medicamentos, incluindo os imunobiológicos que são de alto custo, mas fornecidos pelo SUS”, explicou a coordenadora da coloproctologia do CHM, Sandra Di Felice Boratto.
O diagnóstico é clínico e necessita de um conjunto de exames, de acordo com os sintomas relatados por cada paciente. Além de exames de sangue, muitas vezes são solicitados exames de imagens como colonoscopia, tomografias, além de outras investigações relacionadas ao trato intestinal.
“O CHMSA passou por uma grande reformulação estrutural recentemente e se tornou um dos hospitais mais bem equipados da nossa região. Isso nos permite contar com uma equipe de coloproctologistas extremamente competente para dar conta de uma demanda crescente de pacientes diagnosticados com a doença de Crohn ou retocolite ulcerativa. Importante que o diagnóstico seja feito precocemente e por isso estamos chamando atenção com a iluminação roxa nos prédios públicos”, destaca o secretário de Saúde, Acacio Miranda.
De acordo com Sandra Boratto, as doenças inflamatórias intestinais estão associadas a um estilo de vida baseado em comidas industrializadas, pouca atividade física e alimentação inadequada. De acordo com a coordenadora, a enfermidade é mais comum no Sul e Sudeste do que nas outras regiões do Brasil e o ABC responde por cerca de 40% dos casos de todo o Estado de São Paulo.