Os últimos anos trouxeram ao Brasil, entre outras máculas, o desinvestimento na esfera educacional e de pesquisa. Para se ter uma ideia, em 2020, a verba destinada pelo Governo Federal para ciência e tecnologia (17,2 bi) foi menor que a disponibilizada em 2009 (19 bi), segundo dados do Ipea. Indo ainda mais longe, de 2014 para 2022, o corte de investimentos é de 60%, de acordo com dados do Observatório do Conhecimento. Esse corte de verbas faz com que haja um êxodo natural de profissionais qualificados que dependem desses recursos para trazer desenvolvimento de novas tecnologias em diversas áreas como saúde, educação e outras
O nível de escolaridade desses profissionais, entre eles, muitos mestres e doutores, acabam por serem atraídos por oportunidades de migrarem para países como os Estados Unidos, uma vez que o visto para ele e seus familiares é facilitado dado o alto grau de escolaridade dos mesmos. Lívia Leite, que é advogada especializada em imigração, fundadora do “Imigrar EUA” e do escritório de Imigração Liv Immigration Law, explica quais são os vistos capazes de garantir o Green Card tanto para o profissional como cônjuge e filhos menores de 21 anos, a fim de garantir uma mudança de país facilitada para todos.
“O governo norte-americano enxerga esse público como um filão de grande valor e que pode contribuir muito com o desenvolvimento do país. Por isso, criaram os vistos EB1 e EB2 para facilitar o processo migratório de pessoas com alto grau de instrução”, explica Lívia.
O EB1 possui uma categoria chamada “Professores e pesquisadores de destaque”. O profissional que possui artigos publicados em revistas internacionais, por exemplo, e conseguir uma oferta de emprego para atuar numa universidade dos Estados Unidos, pode solicitar esse visto. Neste mesmo visto, quem comprovar “Habilidade Extraordinária”, mesmo sem uma oferta formal de emprego, pode conseguir o green card. Basta atender a outros 3 critérios de uma lista de 10 que já se torna elegível.
Já o EB2 trabalha, como chamam os norte-americanos, com “Advanced Degree”. Aqui, profissionais com mestrado ou doutorado podem se enquadrar e solicitar o visto por meio de uma oferta de emprego, que pode ser para trabalhar em uma universidade, instituto de pesquisa, ou empresas em geral. Também é possível solicitar a isenção da oferta de emprego, chamada de NIW (National Interest Waiver), com base no argumento de que o profissional é qualificado e pode contribuir por meio de sua atuação profissional.
Qualquer mudança de país precisa de planejamento, mas contar com a ajuda profissional trata-se, mais que um empurrão, mas da possibilidade real de uma guinada na vida. “Contar com a assessoria jurídica para saber qual o melhor visto para sua situação não é simplesmente apresentar as opções ou recorrer ao mais fácil”, aponta Lívia.
Além das opções de visto para profissionais com alta qualificação profissional, existem outras opções de visto imigratórios e não-imigratórios. “Os vistos imigratórios são aqueles que você recebe o Green Card, que é diferente do visto de estudante ou de intercâmbio, por exemplo. O visto imigratório deve ser o seu objetivo se você pensa em morar definitivamente nos EUA”.
Mesmo para quem não tem alta qualificação profissional ou é recém formado, também existem opções viáveis para imigrar legalmente para os EUA. “Um desses vistos é o EB3, em que se você conseguir um emprego nos EUA, a empresa pode ser a sua patrocinadora e auxiliar na obtenção desse visto para o estrangeiro morar nos EUA e ainda garantir o Green Card”.
Para aqueles que desejam minimizar as chances de insucesso na obtenção dos vistos, ter como aliado um profissional que sabe o que vai ajudar o solicitante na aprovação faz toda a diferença. Os escritórios como a Liv Immigration Law estão cada vez mais preparados para ajudar a migração legal de brasileiros para os Estados Unidos e outros países. No caso dos norte-americanos, destino e sonho de milhares de brasileiros, nunca houve um momento tão propício para buscar ajuda profissional para viver o tão desejado sonho americano.