O processo de aprendizagem envolve inúmeros fatores e pode ser bastante complexo. No entanto, para o PhD em Neurociências, Fabiano de Abreu Agrela, conhecer as regiões do cérebro que estão envolvidas na educação e no processo do aprender é muito importante, já que, mediante a isso, é possível criar novos planos educacionais.
Para Fabiano, a educação está defasada, pois não acompanhou a evolução das pessoas. “A educação não acompanhou a evolução que é normal à nossa linha cronológica. Ela não está se adaptando à nova realidade. A educação tem que se aprimorar no processo tecnológico, mas também precisa colocar regras para que se controle o fato das redes sociais estarem afetando o psicológico das crianças”, disse.
Fabiano também disse que educação já não é mais plural, é singular e que a escola precisa colocar esse fato como uma prática.
“Os problemas derivados das redes sociais são individuais. Estamos em uma nova era e os métodos de ensino na velha era. Um exemplo: se colocarmos um aluno com TDAH ao lado de um com superdotação e ensinarmos uma disciplina igual para ambos, você vai ter que repetir o que ensinou até o do TDAH entender, enquanto isso, o de superdotação odeia repetições e fica desestimulado quando a repetição acontece. Aí que está a importância do ensino individualizado, ainda que dentro da escola e respeitando as diferenças dos alunos”, pontuou.
Conforme o Dr., apesar disso, não se deve apenas descontar e colocar a culpa nas escolas de todos esses acontecimentos que têm prejudicado o processo da aprendizagem.
“Os pais precisam se autoanalisarem e buscarem uma educação melhor aos seus filhos e escolher melhores escolas, assim como exigir que a escola se aprimore em todas as questões”, afirmou.
Recentemente, o professor participou de uma live do Instituto Educacional Professora Mathylde em parceria com o Aprendizagem e Companhia Saúde Integral, onde debateu o assunto com as professoras Dra. Ângela Mathylde e com a especialista Izabel Rocha.