Segundo uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil em parceria com a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDL-SP), o número de inadimplentes em São Paulo registrou uma queda de -3,21% em relação ao mesmo período de 2023, totalizando cerca de 22,3 milhões de pessoas com dívidas em aberto.
O percentual de redução foi inferior à média da região Sudeste, que apresentou uma diminuição de -1,37% e também ficou abaixo da média nacional, que recuou 0,32%. No entanto, na comparação mensal entre agosto e setembro de 2024, o número de devedores na capital paulista subiu 0,87%.
O tempo médio de inadimplência dos devedores negativados em todo o estado é de 27 meses. Dentre esses, 41,38% permanecem com dívidas em atraso por um período que varia entre 1 e 3 anos.
Evolução do número de dívidas
Em setembro de 2024, o número de dívidas em atraso entre os moradores de São Paulo registrou uma queda de 2,45% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado ficou abaixo da média da região Sudeste, que recuou 0,99%, e também inferior à média nacional, que teve uma leve alta de 0,20%. No entanto, na comparação entre agosto e setembro de 2024, houve um aumento de 1,32% no número de dívidas em São Paulo.
O setor com participação mais expressiva do número de dívidas em setembro no estado de São Paulo foi Bancos, com 72,47% do total de dívidas.
O Indicador de Reincidência de Pessoas Físicas do SPC Brasil, em parceria com a FCDL-SP, apontou que somente em setembro, 87%15 das negativações de crédito em São Paulo foram de devedores reincidentes, ou seja, consumidores que já haviam sido registrados no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses.
Entre esses reincidentes, 61,99% correspondiam a pessoas que ainda não haviam quitado suas dívidas antigas, enquanto 25,16% representavam consumidores que quitaram suas pendências no período, mas voltaram a ser negativados. Apenas 12,85% dos negativados não apresentaram restrições no CPF no último ano, sendo classificados como novos devedores. O indicador de recuperação de crédito também mostrou uma queda de 6,27% no número de consumidores que conseguiram sair das listas de inadimplência nos 12 meses encerrados em setembro de 2024, comparado ao período anterior.