Se há um sabor que ganhou protagonismo nos últimos anos, é o pistache. Antes restrito à confeitaria premium, o ingrediente conquistou espaço no mercado, impulsionado pelo apelo sofisticado e pelo sucesso nas redes sociais. O resultado? Recordes de vendas e um impacto direto no consumo.

A tendência é global. Segundo dados da plataforma Tastewise, o volume de buscas e menções ao pistache cresceu mais de 30% no último ano. No Brasil, o fenômeno já se reflete no mercado: a Go Coffee lançou um frappe de chocolate com pistache como edição limitada para a Páscoa e, em apenas uma semana, alcançou 50% da meta de vendas prevista para toda a campanha.

“O pistache tem um apelo sensorial muito forte e um público fiel. Nosso frappe foi pensado para equilibrar o dulçor do pistache com o amargor do chocolate, criando uma experiência sofisticada e surpreendente. A aceitação foi tão grande que ele já se tornou nosso produto de edição limitada mais vendido”, explica Elói Ferreira, sócio fundador da Go Coffee.

Além do sabor marcante, o pistache carrega um forte componente emocional e aspiracional. Com a percepção de um ingrediente premium, ele agrega valor ao cardápio e impulsiona o ticket médio. “Hoje, as marcas precisam oferecer experiências que vão além do básico. O pistache representa essa busca por um consumo mais refinado, mas ainda acessível. Para quem quer inovar e fidelizar clientes, essa tendência tem um potencial gigantesco”, destaca.

O hype vai além da gastronomia. O tom verde pistache virou destaque nas passarelas internacionais, aparecendo em coleções de marcas como Bottega Veneta e Valentino. No setor de beleza, a cor e o aroma também invadiram perfumes, esmaltes e produtos para a pele.

Se antes o pistache era visto como um ingrediente de nicho, os números e a adesão do público mostram que ele veio para ficar. No Brasil e no mundo, a pequena semente verde segue conquistando espaço – e movimentando milhões.