O distanciamento social impôs diversas limitações e mostrou como é difícil mudar totalmente o modo de ensino das escolas, já que, de um dia para o outro, as aulas presenciais foram suspensas e a tecnologia, que nem todo educador ou escola utilizavam com frequência, tornou-se o único elo entre professor e aluno. Agora, com a retomada das atividades presenciais, é necessário que as escolas se adaptem à nova realidade.
Uma alternativa que pode ser explorada para evitar grandes fluxos de estudantes em salas de aula e minimizar o risco de disseminação da Covid-19, é alterar o plano de ensino para híbrido, que une atividades online e offline por meio de plataformas e dispositivos tecnológicos. Luiz Magalhães, diretor acadêmico da escola Luminova, explica que unir o ambiente online com offline é possível, já que as crianças de hoje nasceram em um contexto hiper-conectado, a chamada geração alpha, e possuem hábitos diferentes de relacionamento, seja com pessoas ou informações, o que torna o aspecto educacional mais voltado aos alunos e menos para o padrão sistematizado e hierárquico de antes.
A rede de ensino, que tem uma proposta inovadora e por premissa democratizar o acesso à educação de qualidade, explora a tecnologia em suas potencialidades no cotidiano dos estudantes, motivo pelo qual conseguiu manter bons resultados dos estudantes mesmo durante a quarentena. “A autonomia e protagonismo do aluno sempre fizeram parte de nosso projeto pedagógico, o que tornou o êxito da escola possível nestes últimos meses. Esse protagonismo continuou em casa, dando condições aos aluno de gerir seu próprio tempo e compreender a importância do ensino para sua formação educacional e social”, comenta.
É por isso que, diante do momento que vivemos, a aprendizagem híbrida torna-se fundamental como recurso educacional. O acesso a dispositivos conectados à internet possibilita ao estudante que pesquise conteúdos diversos nas plataformas online e repasse para as atividades em cadernos e papéis, num mix saudável que o estimule e instigue a pesquisar e saber mais sobre o tema proposto em sala de aula. “Inauguramos uma nova maneira de aprender de forma colaborativa e cooperativa, onde alunos constróem em tempo real sua própria aprendizagem e que desperta a responsabilidade, autonomia e um processo contínuo por meio de outras linguagens e que não são apenas receptores de informações, mas sim, produtores efetivos de conteúdo”, conclui o educador.