O atendimento a um adolescente surdocego de 13 anos está sendo o piloto de novo serviço para PCDs (Pessoas com Deficiência) na Universidade Metodista de São Paulo. O Núcleo de Inclusão e Acessibilidade vai passar a acolher crianças e jovens da comunidade que não tenham comunicação verbal. Para a primeira consulta, basta passar por entrevista de triagem.
Os agendamentos podem ser presenciais, no
Edifício Lambda do campus Rudge Ramos em São Bernardo do Campo (SP), de segunda a sexta-feira das 10h às 19h, pelo e-mail
nucleo.acessibilidade@metodista.br ou pelo tel (11) 4366-5837.
“Vamos levantar o que cada um precisa para achar a solução adequada”, conta a pedagoga Elaine Vilela, coordenadora do Núcleo de Inclusão e Acessibilidade e idealizadora do novo atendimento, que passa a integrar os projetos de Extensão Universitária.
Alunos com déficit
Dentro desse novo rol, também alunos da Metodista passarão a ser assessorados diante de dificuldade ou transtorno de aprendizagem, casos de TDHA, autismo, dislexia, TOD, entre outros.
“Se for uma dificuldade de aprendizagem, como não memorização ou retenção apenas do que o professor fala, podemos resolver em sala de aula – talvez mudando algum tipo de metodologia. Mas se for transtorno de aprendizagem, como déficit de atenção e autismo, podemos construir um conteúdo diferente, aumentar a atividade individual ou adaptar os demais alunos e professores para interagir com esse estudante”, comenta a Profª. Elaine.
Alunos com dificuldade ou déficit de aprendizagem de origem emocional podem ainda ser encaminhados a atendimento psicológico, em parceria com o curso de Psicologia da Metodista.
Primeiras palavras
O jovem de 13 anos surdocego (foto) – e por consequência sem apropriação da fala – possui um resíduo auditivo. Isso está permitindo sua evolução para as primeiras palavras com base no método Tadoma, ou sensibilidade tatil por meio das mãos colocadas no pescoço para sentir a vibração da voz.
“Foi emocionante quando ele pronunciou o nome da nossa assistente Kelly e falar ‘canta’ quando terminamos de cantar uma música. O adolescente queria saber de onde vinha o som da flauta, procurou com o tato até chegar à boca”, conta a Profª. Elaine.