Por Carla D’Elia – especialista em ensino de Business English e fundadora da Save Me Teacher
Você já refletiu a respeito do quanto vale, hoje em dia, ter um certificado de proficiência em inglês em seu currículo? Há alguns anos bastava o diploma de conclusão de curso, mas hoje é preciso comprovar que de fato a pessoa sabe se comunicar em outro idioma para trabalhar em algumas áreas.
Apesar de qualquer questão ligada à certificação, está claro que falar inglês, sem sombra de dúvida, transforma carreiras. A pesquisa “Como o inglês capacita seu amanhã: o impacto transformador do inglês em sua carreira”, lançada pela Pearson neste ano, já apontou que não saber inglês traz desvantagens à carreira. 85% das pessoas avaliaram que o inglês é uma habilidade vital para o sucesso profissional, e 72% acreditam que seria mais fácil trabalhar dominando o idioma. A pesquisa ainda estima que, no mercado de trabalho, pessoas fluentes em inglês ganham 80% a mais em termos de remuneração.
Com essa certeza em mente, vamos discutir a questão da certificação. Com o passar do tempo, o foco passou de “concluir um curso” para “saber falar inglês”. Em muitos casos, a comprovação de término de um curso de línguas se tornou “opcional”, pois as empresas perceberam que o que realmente importava era a proficiência dos colaboradores no idioma e não necessariamente se eles tinham um diploma de conclusão de uma formação dessa natureza ou não.
Isso ocorre porque o aprendizado de idiomas não se reduz a fazer cursos. Ele também vem de vivência, uso no trabalho, viagens, intercâmbios, convívio com grupos que falam inglês (muitas vezes no trabalho), ou, simplesmente, por consumir muita cultura popular (que chega primeiro em inglês ao mercado normalmente). Pela minha experiência, essas pessoas são as que se mostram mais que familiarizadas com a língua. Muitas se tornaram fluentes com a prática, sem necessariamente uma conclusão em uma escola tradicional de idiomas.
Isso levou, por exemplo, à percepção da necessidade de aprendizados mais formais em campos específicos do inglês, como o Business English, que é um estudo do inglês especificamente voltado para negócios e o ambiente de trabalho. Muitas vezes estamos acostumados com o jeito de falar do dia a dia da língua, mas termos, maneirismos e expressões típicas do ambiente de trabalho são só a ponta do iceberg quando falamos em aprender um inglês focado para o ambiente de trabalho.
A verdade é que o inglês tem se tornado tão natural que os mais jovens, que contam com acesso à educação e à tecnologia, já crescem muito familiares a ele, precisando, muitas vezes, apenas comprovar sua proficiência ou buscar cursos complementares, quando ingressam no mercado de trabalho.
Um exemplo são empresas estrangeiras que exigem comprovação de proficiência como o Duolingo English Test, Test of English as a Foreign Language (TOEFL), Certificado de Cambridge ou o International English Language Testing System (IELTS). Para a área corporativa, essas instituições são a garantia necessária para lidar com o ambiente em que eles consideram que o profissional será inserido. E repare que não estamos falando de diploma de conclusão de curso de inglês, mas de certificação em proficiência.
Para outras empresas, sobretudo as nacionais, o mais importante é testarem elas mesmas a habilidade do candidato, avaliar se ele realmente tem a fluência necessária e seguir com esse resultado. No fundo, o que importa é se a pessoa sabe ou não se comunicar e resolver qualquer questão no ambiente corporativo.
Sendo assim, o certificado de conclusão de curso ainda tem seu valor, mas o mais fundamental é uma comprovação de proficiência ou documento que habilite a um tipo específico do domínio da língua, como a voltada aos negócios. Apesar disso, devo dizer que o mais importante, e talvez a primeira questão, é que você, enquanto profissional, saiba falar inglês.
Mesmo que seu inglês seja um conhecimento geral, e que ainda precise de lapidação na conversação com foco profissional, esse é o ponto de partida para ir além no aprendizado e no mercado de trabalho.
É preciso fazer o que é melhor para o candidato enquanto profissional. Busque uma plataforma de ensino, curso, escola ou professor particular que ensine do básico ao avançado, da conversação à especialização. Conquiste proficiência. Aprenda sozinho com a cultura pop. O mais importante de tudo é saber falar inglês, estar disposto a melhorar, conseguir manejar atividades e ter espaço para o crescimento profissional.
A valorização está no conhecimento, não na certificação e nem no perfeccionismo. Se ele é de qualidade, falará por si mesmo.