Embora seja muito associada a um procedimento estético, a Rinoplastia também tem papel importante na saúde respiratória, já que ela pode ser realizada com objetivo funcional, mudando estruturas anatômicas do nariz que estão comprometendo a passagem de ar, e auxiliar tratamentos de doenças ou fraturas que prejudicam a função primária dessa região.
Há alguns motivos que justificam a indicação dessa cirurgia, como respiração bucal, respiração nasal obstruída, sinusites de repetição ou roncos. Para isso, é necessário o diagnóstico assertivo do problema, através do exame físico detalhado em consultório e se tiver a necessidade de exames de imagem complementares, analisando a anatomia e apontando que o paciente possui algum tipo de obstrução nasal.
O otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo e professor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Dr. Eduardo Landini Lutaif Dolci, explica que o procedimento é indicado para pacientes que apresentam alguma dificuldade na respiração, decorrente de alterações no septo nasal e/ou válvulas nasais.
Dessa forma, a Rinosseptoplastia Funcional é opção quando as pessoas precisam corrigir o desvio do septo nasal significativo, estrutura formada por cartilagem e osso e, que fica dentro do nariz. Essa correção pode ser considerada em casos de fraturas ou por alterações do desenvolvimento são septo. “Como esse procedimento é feito internamente, na maioria das vezes não é preciso nenhum corte externo e, por isso, não deixa nenhuma cicatriz aparente no rosto”, pontua Dolci.
Outra alteração que pode ser encontrada e que causa obstrução nesta parte do corpo é a insuficiência de válvula nasal, região mais estreita que se localiza na porção anterior próxima ao orifício narinario e formada por algumas estruturas como septo nasal, cornetos, columela e borda da asa do nariz. Esse problema pode ser congênito, após trauma ou ocasionado por cirurgias prévias. A correção dessas deformidades é realizada por meio de uma Rinoplastia Funcional, geralmente feita com enxertos de cartilagem, para reestruturar esta região.
A cirurgia é conduzida em ambiente hospitalar, sob anestesia geral e com duração aproximada de 1,5 horas. “Além da questão funcional, se a paciente tiver alguma queixa em relação à estética do nariz, isso pode ser conversado e programado com o otorrinolaringologista, já que ambos os procedimentos podem ser realizados na mesma cirurgia”, finaliza o otorrinolaringologista.